Foto: reprodução vídeo sessão

Redação Portal Fatos do Iguaçu


Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Pinhão, realizada na noite de segunda-feira (24), os vereadores rejeitaram a denúncia apresentada pela enfermeira Makcine Timm da Silva contra o vereador Romário Varella Batista (PT). A acusação envolvia a gravação e divulgação de um vídeo em redes sociais, no qual Varella expôs a residência do pai da denunciante e questionou a posse de uma poltrona emprestada pela Secretaria de Saúde.

A denúncia foi lida em plenário e, conforme o Regimento Interno da Casa, foi submetida à votação para decidir sobre seu recebimento. Após uma breve suspensão da sessão para que os vereadores discutissem o caso, a maioria decidiu pelo arquivamento da denúncia. O presidente da Câmara, João Paulo Levinske Mendes (Podemos), declarou o processo encerrado.

A decisão gerou debates acalorados entre os parlamentares. A vereadora Solange Adronski, PP, manifestou indignação com o arquivamento e defendeu que todas as denúncias deveriam ser investigadas com isonomia. Outros vereadores argumentaram que, apesar dos excessos cometidos por Varella ao entrar na residência sem autorização e divulgar o vídeo, não havia fundamentação legal suficiente para a instauração de uma Comissão Processante.

A denúncia de Makcine Timm relatava que o vereador, acompanhado de três pessoas não identificadas, invadiu a casa de seu pai, Jorge Elias da Silva, sem autorização e gravou imagens da residência. No vídeo, Varella teria insinuado que a poltrona havia sido subtraída indevidamente, expondo a família e a idosa que a utilizava para tratamento de saúde. A denunciante afirmou ainda que a exposição nas redes sociais causou abalo emocional aos moradores, resultando em problemas de saúde para seu pai e a idosa.

Durante as discussões, também foi levantada a questão sobre um possível conflito de interesse, já que o vereador acusado participou da votação. Vereadores da base do prefeito solicitaram uma análise jurídica para esclarecer essa questão, mas o presidente da Câmara reiterou que o Regimento Interno foi seguido corretamente.

Além da denúncia arquivada, outra acusação foi protocolada na tarde de segunda-feira (24) pela ex-vereadora Luzyanna Rocha Tavares contra um dos vereadores da Casa. Esse novo caso será lido na sessão do dia 10 de março, após o recesso de carnaval.

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