Humberto Silva Pinho

Por Humberto Pinho da Silva

Aconselha o nosso D. Francisco Manuel de Melo, que no casamento deve haver: igualdade de sangue, idade e fazenda. Adverte, todavia, que não é necessária equidade perfeita; mas se houver vantagem, deve ser do homem.

Acrescentaria ao sensato conselho, que também deve existir igualdade de salário.

Se a mulher aufere maior remuneração ou tem grau académico superior, a harmonia do lar pode perigar, se não houver um grande amor e compreensão. Raramente o homem aceita a superioridade da esposa.

Como se sabe, o amor começa, em regra, pela atração física, seguido da paixão, que chega, por vezes a toldar a mente, e desejo de possuir o ente querido.

De inicio a paixão é bastante, e consegue alimentar a concórdia no lar; mas o convívio quotidiano cria atritos, e para os esbater é preciso outros predicados.

São os pequenos nadas, que adoçam a relação do casal, reanimando o amor adormecido.

Equivocam-se os que julgam que sexo é suficiente, para manter o casamento. Pode ser, enquanto dura a lua-de-mel, mas com o correr dos anos, requer outros pequenas atitudes de afeto.

Flores, jantares e segundas luas-de-mel, recomendados para reconciliar casais desavindos, podem ajudar, mas pouco significam, se não forem acompanhadas, de atitudes carinhosas, como: cuidar do carro dele ou dela, interesse sincero pelos problemas e passatempos do conjugue e outros quejandos.

Entre o casal não pode haver segredos graves. Devem ter diálogos abertos sobre todos os temas, e aceitarem, boamente, opinião discordante e, principalmente, não imporem a sua vontade, declarando., por exemplo, que possuem mais experiência.

Cuidado com as palavras. Há expressões que nunca devem ser usadas. A palavra divorcio, é uma delas.

Para concluir, o último conselho, mas não menos importante: prenuncie amiudadamente as palavras que oleiam as relações; como: ” Obrigado”; “Desculpe”;” Estás perdoado”; ” Já esqueci tudo”.

Se no tempo de namoro existiu respeito e não houve mentiras, em norma, é bom começo para casamento feliz. Mas, infortunadamente, o namoro muitas vezes é alicerçado em engodos, meias-verdades e dissimulação do carácter, com o fim de agradar ou enganar.

De preferência, os conjugues – já me ia esquecendo, – não é essencial, mas ajuda: devem ter a mesma religião, a mesma ideologia política ou semelhante, e serem crentes adultos.

Vem a talhe de foice, o que aconteceu a amigo meu: Enamorou-se por menina de ossatura meã, olhos espertos e de enorme agudeza e perspicácia. A moça tinha namorado, mas não estava apaixonada. Tinha-lhe carinho, mas não amor.

Levada pela afeição momentânea, inflamou o coração do mocinho, pouco experimentado nessas andanças.

Era tímido, o rapaz, e ainda que a mamasse, não soube dizer-lhe a palavra magica, que todas as jovens querem ouvir.

Receando perder o namorado, e não segura que a nova amizade, que nascia, se tornasse em casamento, afastou-se, alegando que estava comprometida…

Agora, casado e avô – segundo me confidenciou, – ainda recorda, com saudade da “namoradinha” que não chegou a ser, apesar de ambos estarem certos que eram almas gemias.

O receio de ficarem para “titias” ou “titios”, leva, quantas vezes, a matrimónios irrefletidos, que acabam em arrependimentos tardios.

O que disse não são novidades, mas são, certamente, achegas preciosas para casados e solteiros.

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