Francisco Carlos Caldas

“Ao abrir mão de querer controlar a vida dos outros, eu posso ter uma vida mais leve e menos infeliz”. (Abelardo Maranhão).

É comum muitas vezes ficarmos no dilema entre  aceitação e inconformismo com coisas que nos acontecem.

Gosto muito da música “Aceita que Dói Menos”, do Trio Parada Dura, na voz da saudosa e carismática Marília Mendonça. E esses dias estava fazendo um paralelo dessa canção com o impactante dito  do Ministro  carioca do Supremo Tribunal Federal-STF- Luís Roberto Barroso,  contra um ser que lhe molestava com tirada de satisfação: “Perdeu Mané. Não amola!”.

Muitas as vezes nos seres humanos ficamos sofrendo por questões que aconteceram por circunstâncias alheias a nossa vontade e controle, ou mesmo por nossas falhas, erros, omissões, do não darmos valor no momento que a situação estava em nossas mãos e poder,  mas que muitas vezes já se foi o tempo e oportunidade de reclamarmos, questionarmos, e tem coisas que depois  é como ficar dando murro em ponta de faca, operação enxuga gelo, procurando pelo em ovo, chifre em cabeça de cavalo, sarna para se coçar.

No aspecto político e por questões da nossa educação e cultura, temos que nos conformar que cada povo tem o governo que merece, e alterar para melhor essa quadro/contexto não é tarefa fácil, é missão árdua e que que as vezes necessita lutas/peleias de gerações.

Em Pinhão tem algumas causas, entradas e bandeiras, que estamos lidando há mais de três décadas, e as vezes temos a ilusão ou sensação de  que melhorias aconteceram, vão acontecer, mas logo a gente percebe, que as coisas retrocedem ou não avançam como era precioso avançar.

Muitas vezes a gente não consegue melhorar a si, familiares,  área de influência, e daí, fica a sofrer por não conseguir mudar ou controlar as coisas que não estejam ao seu alcance, da sua rua, do seu bairro, da sua cidade do seu Município.

Como municipalista, pés no chão, com visão de Estado e País ofuscada por limitações, desencantos, penso que vivemos um momento que temos que aceitar o resultado oficial das últimas eleições para Presidente da República, Governador do Estado, Deputados Estaduais, Federais e Senadores. É a hora do “aceita que dói menos”, e sem ofensas ou nos sentirmos ofendidos. Ofensas são como venenos, só faz mal se a gente engolir. E o negócio, é usar o mecanismo de defesa dos nossos tempos de guri, em que dizíamos, “o que vem debaixo não me atinge”, e vinha o contraponto, então sente num formigueiro para você ver o que acontece; e da vida a gente só leva a vida que a gente leva, é o que de melhor se deixa é o legado de uma vida digna e de boas ações, e que pessoas só morrem quando são esquecidas.

Em outras palavras, não podemos se acomodar, se acovardar, se apequenar diante dos problemas e revezes da vida, mas diante das frustrações, fracassos, desencantos, falhas, fraquezas, perdas do processo democrático temos que aceitar o que está feito e não pode ser alterado, e passarmos para a fase seguinte, que é acompanharmos, ajudarmos, fiscalizarmos e exercermos CIDADANIA em cima dos agentes políticos eleitos, em que uns vão atuar como “AUTORIDADES” da acepção Bíblica de Romanos 13, outros como politiqueiros, larápios, desonestos, jaguaras, “sem-vergonhas”, mas tudo em cima de fatos e tese, na impessoalidade, sem injúrias e outras ofensas à honras de quem quer que seja.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, CIDADÃO municipalista).

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