Ouça a crônica:

“De onde saíram tantos seres perversos? Em que trevas se escondiam? E a resposta vem: eles sempre estiveram aqui. Só faltava alguém para representá-los. Agora, não falta mais”.

Tais palavras, que foram ditas por aí, pelas vielas tortas das redes sociais por um militante marxista que procurava afirmar, de forma indiscreta e maliciosa, que os cidadãos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro seriam figuras similares aos cidadãos alemães que, na década de 30 do século passado, haviam apoiado Adolf Hitler e que, Bolsonaro, seria uma representação deste biltre.

Esse tipo de subterfúgio seria o que o filósofo Leo Strauss chamou de “Reductio ad Hitlerum”, também conhecido como “argumentum ad Hitlerum”, que em resumidas contas, seria a tentativa canhestra de associar os adversários à imagem do líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, vulgo Partido Nazista.

Ora, todas as pessoas com um mínimo de bom-senso sabem muito bem que o nazismo é uma ideologia perversa, ignóbil e totalitária e, por isso mesmo, repudiam tudo o que seja associado a ela.

Tendo isso claro diante de nossas vistas, compreende-se porque incontáveis marxistas recorrem a esse tipo de sofisma. Quando se rotula alguém de algo sórdido, o que se está querendo não é uma discussão democrática, mas sim, desqualificar o outro para, em seguida, cancelá-lo de forma perversa. Sim, é muita perversidade associar alguém a um trem desse.

E agindo desse modo, sem perceberem, essas pessoas acabam utilizando-se de meios similares aos que eram utilizados pelos tiranos de todos os naipes que, diga-se de passagem, não tinham e não tem o menor pudor para calar quem se opunha a eles.

Por isso, toda vez que nos vermos perguntando de onde saíram tantas “pessoas perversas”, primeiramente nos questionemos porque estamos agindo de forma tão maldosa e leviana. E se não formos capazes de reconhecer que há em nosso coração uma sombra de maldade, é porque, bem provavelmente, nós já estamos agindo de forma cruel, crendo que por estarmos fazendo isso, seríamos apenas “pessoas do bem” que apenas lutam por “um mundo melhor”.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

https://sites.google.com/view/zanela

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