Para enfrentamento de falhas, frustrações, fracassos uma boa saída ou atenuante, é focar atos na linha do fazer a sua parte, o que estava ao seu alcance fazer, e tentar não sofrer com as coisas que fogem do seu controle.
Isso vale para a vida pessoal, familiar, comunitária, social, religiosa, política, cidadã.
A caminhada não é fácil e há muitas incompreensões e distorções.
Temos uma vida de casado de praticamente 48 anos, na advocacia 46 anos, de militância política desde criança num mesmo partido (MDB) há 43 anos; um passado de professor de 9 anos, de lida rural como pequeno produtor e da pecuária desde criança, e ao ser fazer um balanço dessas atividades todas, a gente tem que se valer da filosofia, da resiliência, paciência para ficar menos aborrecido, frustrado, e não se fazendo muitas cobranças.
A filosofia que usamos além do estoicismo, é a de uma tia querida (Hipólita de Oliveira Caldas) que convivi na minha infância e juventude, e que sempre que lhe contavam coisas ruins, acidentes, prejuízos, tragédias, ela sempre lembrava alguma que era pior, com o propósito de tentar ou conseguir um pouco de consolo. E nessa linha já até elaboramos uma lista que já está em 25 itens, que diante de coisas desagradáveis que já tivemos que enfrentar ou que tomamos conhecimento, usamos para uma espécie de consolo, para não amolecer o garrão, para continuar peleias e combater: o bom combate, omissões, neutralidades, indiferenças, egoísmos e males do gênero.
Esperamos que um dia, lutas, peleias, causas enfrentadas, não fique só na fábula do passarinho que com a água de seu pequeno bico, tentava apagar incêndios de uma floresta, e de feitio de sua parte como feito medíocre/trivial.
Diante dos problemas da vida e da sociedade, nas nossas limitações e fraquezas, não dá para fazer aquela indagação: o que Cristo faria em meu lugar? No lugar disso, que são só para pessoas com vocação a santidade, especiais, fora de série, buscamos incessantemente nas decisões o nortear os atos no ter feito a minha parte, com princípios, lealdade e outras virtudes para que continue sendo um SER LIVRE, consciência limpa e sensação do DEVER CUMPRIDO, e se contentar com alguns momentos bons, que não dá nem para chamar de momentos felizes para quem é estóico, adepto da filosofia Confuciana e que tem temperamento melancólico.
Para criticar é preciso conhecer e para conhecer é preciso agir, ter atitudes. Em relação aos 60 anos de Pinhão, que virou idoso, participamos do documentário feito pela TV Fatos, e assistimos e ouvimos os 8 episódios, que ficaram um show, dez. Em relação aos shows Gospel de um tal de Marcos Freire e de Bruno e Barreto, promovido Poder Público na Praça Darci Brolini, o palco, jogo de luzes, tecnologia, ótimos, já as músicas e músicos não gostei, mas o que importa é a situação e o povão satisfeito.
Para encerrar esta reflexão escrita, o registro de que essas coisas que colocamos no papel e no mundo virtual, tem também propósitos de estar fazendo a minha parte, despertar reflexões, compartilhar experiências, conhecimento, e deixar nem que seja um pequenino legado para os pósteros, participarem de uma nova e melhor história, sem focos só em repetecos, nostalgia ou saudosismo.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).
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