Durante muito tempo, a prática de atividades físicas durante a gestação foi desestimulada, principalmente nos estágios finais da gravidez. Desde a década de 90, com o surgimento de mais evidências científicas, ela vem sendo cada vez mais recomendada para grávidas que não apresentem contraindicações médicas. Exercícios leves não estão associados a parto prematuro ou danos ao feto, mesmo se a mulher era sedentária antes da gravidez.
A prática de exercícios físicos durante a gestação mantém o condicionamento muscular e cardiovascular, aumenta a tolerância à dor, diminui o estresse, a ansiedade e a depressão. A atividade física também ajuda na prevenção de doenças como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, fortalece o períneo e aumenta as chances de parto normal, além de acelerar o retorno às atividades habituais e ao peso de antes da gravidez após o nascimento do bebê.
Recomenda-se ao menos 30 minutos de exercícios na maioria dos dias da semana. Para as que não praticam exercícios regularmente, o início deve ser mais gradual: sessões de 15 minutos, 3 vezes por semana, até atingir a meta de 150 minutos semanais. Exercícios leves, recomendados para todas as gestantes saudáveis, incluem caminhadas, hidroginástica, natação, dança, alongamento, Pilates e ioga. Os exercícios em água têm as vantagens de diminuir impacto, melhorar dor na coluna e nas articulações, promover relaxamento e diminuir o edema (inchaço). A temperatura ideal da água deve estar entre 28 e 30oC.
Algumas gestantes poderão fazer exercícios físicos mais intensos como atividades aeróbicas, treinos com circuitos e treinos funcionais, após individualização e avaliação do histórico de prática de atividades físicas. Para essas modalidades, os treinos deverão ser adaptados a fim de se produzir menos impacto e evitar lesões nas articulações. Devem, também, ser acompanhadas por profissionais habilitados.
Exercícios que levem ao cansaço extremo não são recomendados. Esportes coletivos (futebol, voleibol, basquetebol, handebol), esqui aquático, hipismo e mergulho devem ser evitados devido à grande probabilidade de traumatismos e de diminuição da oxigenação do bebê.
Antes de praticar qualquer modalidade, é importante que se discuta com seu obstetra se há alguma contraindicação para você. Se liberada, não deixe de comunicar qualquer anormalidade que eventualmente apareça durante a prática. Mantenha-se saudável!
Fonte – Canal da Mulher, SOGESP
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