Por Marcos Serpa
Nessas manhas de Junho
Embretado num galpão,
Entre fumaças de um tição,
Meu pensamento é um brasedo,
De recônditos segredos,
Que renascem a cada alvorada,
Com a sina perpetuada
Ao tranco largo das horas
Assim versejo auroras
A cada nova madrugada.
A aurora destapada
Meu rincão incendeia,
Até a lua balanceia
Se rende ao seu encanto,
Estendendo o prateado manto
Sob o sol circunscrito,
Rebuscando infinitos
E arrastando pro terreiro,
Mas um dia caborteiro
Pra um taura repontar a grito.
LUA CRESCENTE – JUNHO-2020