Debaixo de um tarumã
O pago de meus aperos,
Retém minhas origens
Pelo barulho do cincerro,
Quando o sol se põe
Leva um pouco de mim
Pra voltar numa madrugada
Como sereno no capim.
Minha alma é açucarada
Nos revezes da lida,
Nasço e vivo na crença
Das verdades estendidas,
Talvez não seja suficiente
Pois meu rastro é pelo avesso
E o meu único saber
É o meu xucro endereço.
LUA CHEIA – FEVEREIRO/2020