Foto: Luiz Felipe Lisboa | Uma visão noturna da cidade de Pinhão
Ao folhear as edições do Fatos do Iguaçu é possível verificar como a cidade foi se modificando ao longo desses 20 anos de registro jornalístico.
Para falar dessa transformação urbanística, o Fatos escolheu duas profissionais: a engenheira Juliana L. E Ribeiro, pinhãoense de coração, escolheu morar aqui, e arquiteta Elenice B. Tesseroli, pinhaõense nata.
Pinhão, por elas
A cidade de Pinhão vem mudando seu perfil de “cidade pequena” há mais de uma década, percebemos isso pelo fluxo de carros e pessoas que encontramos aqui, e que, de certa maneira, transformam o cotidiano da cidade, resultando em uma demanda de planejamento urbano mais contemporâneo e avançado.
As construções, nos últimos anos, vêm ganhando destaque, e, conseqüentemente, as vias e espaços urbanos sendo mais valorizados e necessitando de um planejamento mais estratégico, desta forma, há por parte dos profissionais da área de engenharia e arquitetura uma preocupação maior no sentido de urbanizar locais que necessitam de investimentos estruturais e equipamentos urbanos.
Vemos isso como um ponto fundamental no que consiste em alavancar a ordenação e o progresso da nossa cidade, e percebemos que, assim como a população, com sua demanda, exigem um desenho urbano que acompanhe esse aumento de pessoas, casas e carros, aumenta também a necessidade de desenvolver sistemas de segurança, soluções de trânsito, de habitação e saúde.
Vemos muitas transformações acontecendo no decorrer dos anos que estamos atuando como técnicas, junto à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, muitas obras passam por nossa análise, como exemplo, novas escolas, novos postos de saúde, espaços de lazer, espaços urbanos, novas obras de infra-estrutura e obras dos mais variados tipos, isso nos faz refletir o quanto nosso município está crescendo e tem muito mais a crescer.
Nossa opinião é de que precisamos estar sempre “conectadas” com todas as transformações que nossa cidade passa, pois a cada dia nos deparamos com situações que a população nos apresenta, e que, nós, como profissionais da área, precisamos saber orientar para chegarmos juntos a uma solução que não traga danos ao meio em que vivemos, nem às pessoas que se encontram naquela situação, e tampouco às pessoas que indiretamente podem ser afetadas ao resultado que pode surgir com a solução daqueles assuntos.
Sentimos que as pessoas estão mais interessadas em progredir, e que se preocupam com os impactos que as ações do homem podem trazer ao nosso município, um exemplo recente disso foi a conseqüência de uma ação judicial, que olhando de forma técnica, violou direitos constitucionais de moradia, habitação e de dignidade, conforme cita a Lei 10.257/2001, do Estatuto da Cidade, no qual exige que as cidades garantam sua função social através da garantia do bem estar de seus habitantes.
Desta forma, o que nos preocupa é a forma como as pessoas interpretam o que é certo ou errado, pois alguns fatores que somos questionadas em relação ao desenvolvimento da nossa cidade, podem parecer errados para os munícipes, porém, para o desempenho da função social e do planejamento urbano e rural são de extrema importância.
Um exemplo bem prático destas questões é a forma como as pessoas interpretam algumas leis do nosso município, as quais devem ser discutidas, antes de virarem lei, mas, para isso acontecer, todos precisam estar cientes dos pontos que geraram o tema a ser transformado em lei e a causa que levou o assunto a ser discutido.
Enfim, concluímos que as transformações estão acontecendo e que algumas levam menos tempo, e outras, dependendo do investimento e planejamento em que são atendidas, levam um pouco mais de tempo, desta forma, acreditamos muito que isso dependa de governantes e entidades envolvidas com os serviços urbanos e de infraestrutura vejam como prioridade esses serviços.
Nossa cidade cada dia mais esta aumentando, com isso os problemas também, porém, acreditamos que, com a colaboração de todos, podemos construir uma cidade próspera e melhor, fundamentada no bem-estar social e urbano.