Gisele de Pádua – repórter do Fatos do Iguaçu
Tímido, mas muito seguro de seus sonhos, o jovem Weydermann Bastos se destaca no Rap
Quem cruza com o tímido jovem Weydermann Bastos, de 16 anos pelas ruas de Pinhão sempre acompanhado de seu skate, não imagina o brilho desta jovem estrela, que irá representar o município na Batalha de Santa Rima em Curitiba no mês de outubro.
O evento reunirá os melhores cantores do estilo Rap do estado e Weydermann garantiu sua vaga ao vencer outros sete candidatos no Duelo de ACS realizado no A O Boteco em Guarapuava, dia 06 de agosto, sendo que quatro eram de Pinhão e outros quatro de Guarapuava.
O começo
O rapper conta que tinha 13 anos quando começou suas rimas. “Eu morava em Maringá e cantava Funk quando conheci um grupo de Rap Rimatitude Crew, começamos a rimar juntos e pintou o interesse. Eles me levaram para uma Batalha de Rima, que é a denominação que se dá ao evento onde os participantes fazem suas rimas e eu ganhei a primeira Batalha e não parei mais”.
Batalhas
Weydermann contou que sua participação num projeto tornou-o conhecido e estimulou mais jovens a fazerem as rimas. “Em uma das edições do projeto A praça é nossa, eu me apresentei, até então não tinha tanto reconhecimento de quem curtia o rap. Agora deve de ter uns 12 ou 13 rapper aqui em Pinhão. Nos reunimos de vez em quando para pequenas Batalhas”. Ele contou que ao participar de uma batalha na cidade de Jaraguá do Sul em Santa Catarina é que ficou sabendo que em Guarapuava estava sendo organizada uma Batalha. “Entrei em contato com os organizadores e começamos a fazer juntos. Organizamos Batalhas aqui e eles vem de Guarapuava e nós vamos para lá”.
Conquistar a vaga para Curitiba depende de muitos fatores, entre eles a inspiração. Weydermann revelou que a experiência em Batalhas ajudou bastante, mas confessou que não lembra os versos que fez para o público que o aclamar como o grande vencedor.
Leitura
O rapper lembra que a inspiração é uma consequência de muita leitura, principalmente Filosofia, mas não tem nenhum autor preferido, o que vier ‘morre’.
Mas há obstáculos que começam dentro de casa, a família da sua mãe é evangélica. “Na igreja em que ela congrega, eles acham que isto é uma coisa do mundo, que não tem futuro, que não tem sentido, o meu pai é tradicionalista, ou seja, ninguém me apoia. Meu pai e minha mãe não apoiavam, mas agora eles começaram a apoiar, ou seja, eles não falam nada, não ajudam, mas não atrapalham. Esta foi a terceira Batalha que ganho este ano e lá em Curitiba vai ser tudo na hora. Estou estudando bastante Filosofia, História e Geografia que me ajudam muito na hora, dão inspiração para criar as rimas. Do meu futuro, eu espero com este estilo de música conquistar tudo que estiver ao meu alcance, tudo que for possível”, finalizou o jovem rapper.