Mirian Francesconi é professora da disciplina de ciências e desenvolveu técnicas para colaborar nas atividades em sala de aula por meio da Língua Brasileira de sinais (Libras).

O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do estado do Paraná foi criado pelo governo e tem como objetivo a formação continuada dos professores da Educação Básica do Paraná

O PDE está dividido em três eixos, Atividade de Integração Teoria e Prática, de Aprofundamento Teóricos e Didático-pedagógicas, com suporte Tecnológico. Após um aprofundamento teórico os professores elaboram um projeto em cima de uma dificuldade encontrada em sala de aula. Na etapa seguinte, o professor participante do programa concretiza o que apontou no projeto que elaborou durante seus estudos acadêmicos que são realizados no primeiro ano, intervindo na realidade problematizada.

Centenas de professores em todo o estado que participam do projeto, estão implantando seus projetos. Na cidade de Pinhão, o destaque foi para o projeto de intervenção pedagógico formado pela professora do PDE, Mirian Francesconi, intitulado “Letramento na Língua Brasileira de Sinais em Botânica”. O projeto está sendo desenvolvido no Colégio Estadual Prof. Mário Evaldo Morski – EFM, na disciplina de ciências.

Mirian procurou soluções para o problema que é enfrentado em sala de aula: desenvolver a linguagem de sinais para contemplar diversos termos da Biologia que não existem em Libras. Para isso, ela criou uma pesquisa em conjunto aos alunos, conforme a orientação do Prof. Carlos Eduardo B. Stange da Unicentro e também de técnicos da área. Depois de muita leitura para dar suporte ao projeto, ela pode verificar conceitos e expressões científicas na área de Botânica para elaboração de um miniglossário.

“Meu objetivo era criar sinais que fossem ligados à Biologia na LIBRAS porque não há sinais para algumas palavras em Biologia no seguimento da língua de sinais, então, criamos um glossário com os alunos para desenvolver isso. O projeto ainda está se desenvolvendo e crescendo, minha contribuição veio nas aulas de Botânica, experimentos de campo etc, eu e meus alunos surdos, que foram desafiados a criar os sinais. Eles discutiram esses sinais, eu fotografei, coloquei setas e então tornou-se nosso mini glossário para língua de sinais em Botânica. Espero que um dia ele possa ser acessível a alunos surdos de todo o Paraná”, enfatiza Mirian.

Sílvia Zanette é representante do PDE no Núcleo Regional de Educação de Guarapuava, ela destaca que este tipo de trabalho, como a da professora Mirian, enriquece a educação do estado, indo além dos muros entre os municípios porque gera uma gama de trocas de experiências e vivências, que permanecem e podem ser aplicadas no dia a dia das escolas. “A qualidade do material é incrivelmente bem pensado e desenvolvido, mas não é só isso, porque as aulas são excepcionais. Sem contar as ilustrações coloridas que ajudam na observação e na percepção do aprendizado, os alunos aprendem bem”, afirma Sílvia.

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