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Vida de pobre não é fácil, e situação ainda mais caótica e cruel, em favelas, cortiços, áreas de invasões urbanas que alagam, desmoronam, e assentamentos com barracos de lona, compensados, rejeitos.
No interior, zonas rurais as coisas não são fáceis, mas se vive ou sobrevive com menos, e água e alimentação básica, mais acessíveis.
Hoje no mapa da fome, há 33,1 milhões de brasileiros.
O déficit habitacional está perto de 7 milhões de moradias e 25 milhões de moradias inadequadas, e é cruel não ter um lugar digno ainda que simples para morar, e ter que viver pagando aluguel e se mudando de um lado para outro, ou debaixo de viadutos, em cortiços, beiras de estradas, banhados, lugares vulneráveis a alagamentos e desmoronamentos.
O filósofo grego Epícuro, que viveu nos anos de 341 a 270 a.C., dizia que “Quem não considera o que tem como maior riqueza, será sempre desditoso ainda que seja dono do mundo”. E nas palavras de Arthur Schopenhauer “O que somos contribui muito mais à nossa felicidade do que o que temos.”
Assim e então essa questão de estado de pobreza e riqueza é um tanto relativa, pois, ninguém é rico e feliz se não estiver contente com o que tem.
Tem um pensador, o poeta mexicano Salvador Dias Mirón, que dizia que “Ninguém deveria ter direito ao supérfluo, enquanto uns precisassem do estritamente necessário”,.Ou ainda o dito por Pelet de La Lazère de que “Há mais pessoas desgraçadas por falta do supérfluo que pela falta do necessário.” Mas na prática, e no regime capitalista que a exemplo do regime democrático são os melhores sistemas, muitos se metem em enrascadas por falta de mecanismos de defesa, e de qualquer forma, conjuntura melhor do que o chamado socialismo e comunismo que são puras buchas e que não funcionam; assim como condomínios que são sementeiras de discórdias principalmente os de atividades rurais e tradicionais como o sistema faxinalense de criadouras comuns.
Este pensante e escriba tem origem em família do meio rural e de classe média baixa. De padrão de vida simples, de pouca renda mas de habitação, alimentação digna e satisfatória. Esse contexto propiciou conhecimento e experiências de vida de pobre, e com noções do que é vida miserável. E que de grão em grão, a galinha enche o papo, e que devagar se vai ao longe.
Pobre do ponto ideal e pragmático, tem que levar vida simples, sem ostentações de querer aparentar o que não é não tem, endividamentos e inadimplêdncias ou do contexto “calça de veludo e bunda de fora” ou “exótico mendigo esfarrapado com sapatos de verniz”, como já se leu dito sobre o Brasil.
Temos ensinando para minha neta, que “Quem não zela do que tem, não pode reclamar do que não tem”, com o propósito de criar nela o hábito de zelar, não perder e não danificar as cosias. E levar vida simples, que tem ligação com sabedoria. E que o SER é mais importante do que o TER, mas o melhor mesmo é o binômio SER e TER.
No Brasil também dizem que há em torno de 64/66 milhões de endividados e muitos em estado de inadimplências. E isso e planejamento familiar, neomalthusianismo, precisa ser melhor trabalhado nas famílias, escolas, igrejas, associações comunitárias, pois gente pobre, de poucos estudos, têm que saber lidar com essas coisas, e se defender de tentações de colocar filhos no mundo em situação de pobreza, de falta de: habitação, de trabalho, fonte de renda e ao menos condições mínimas de vida digna, se prevenir de doenças, evitar endividamentos, vícios de drogas, alcoolismo, vulgaridade e encrencas. A respeito de dívidas quem os tem, a maioria trabalha mais para os financiadores e emprestadores, numa nova espécie de escravidão não mais só de negros, mas de brancos, pardos e todos que não fazem conta e não sabem se defender da entrada fácil de dinheiro e difícil de se pagar. Em relação a encrencas. não esquecer do dito pelo cancioneiro Adoniram Barbosa “Bom de briga é aquele que cai fora”.
Em síntese de tudo que foi tentado dizer acima, pobre no mínimo deveria ter, moradia, poucos filhos, vida simples sem ostentações e supérfluos; zelar do que adquirir, precavido de vícios e doenças, não se meter em dívidas e encrencas.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).
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