Fone de ouvido

Especialista do Pequeno Príncipe alerta sobre os sintomas mais comuns nesses casos e orienta como usar equipamentos da forma correta

O uso excessivo de fones de ouvido durante a pandemia é mais uma questão que pode gerar problemas para a saúde de crianças e adolescentes. Se isso não for feito com controle e no volume adequado, lesões definitivas no aparelho auditivo podem surgir. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada quatro pessoas viverá com algum grau de perda auditiva até 2050. A estimativa é a de que esse risco atinja 50% da população entre 12 e 35 anos de idade, com perda de audição cumulativa provocada pelos novos hábitos.

Um chiado constante no ouvido pode ser um sinal de alerta de problemas auditivos. “Este é o principal sintoma que crianças e adolescentes apresentam quando usam fones de ouvidos de forma inadequada”, explica o otorrinolaringologista Rodrigo Pereira, do Hospital Pequeno Príncipe. E esses equipamentos viraram presença quase obrigatória em casas onde os pequenos estão em idade escolar: aulas on-line aliadas a mais tempo dentro de casa fazem os fones serem mais requisitados.

“Muitos acham que ter dificuldade para ouvir é o primeiro sintoma. A perda da audição vem com o passar dos anos e implica uma série de fatores. Cuidados com o volume e o tempo de exposição aos fones ajudam a evitar os danos”, alerta o especialista. A maior parte dos aparelhos, quando chega a pouco mais da metade, atinge os 85 decibéis recomendados. “Assim, a recomendação é usar o equipamento por, no máximo, oito horas”, destaca o médico.

Para evitar que o uso recorrente dos fones traga problemas para crianças e adolescentes, é possível seguir algumas dicas básicas: manter o volume da metade para baixo da potência do aparelho é uma delas. “Também podemos fazer um teste quando você estiver ao lado da criança. Se for possível ouvir o som que os fones emitem, é sinal de que é preciso baixar o volume do aparelho”, orienta o otorrinolaringologista. Outra recomendação é não usar o fone em atividades como aula on-line. “Se o ambiente estiver silencioso, sem outra fonte sonora que possa atrapalhar os estudos, não é necessário ficar com o aparelho. Esse descanso auditivo também é fundamental para a saúde auditiva”, diz Pereira.

                 Controlar a quantidade de horas com os fones de ouvido pode evitar problemas auditivos

Tanto os fones conhecidos como headphones, que ficam ao redor da cabeça, quanto aqueles posicionados dentro do ouvido podem causar danos se não forem usados da forma correta. “A diferença está na higienização. No caso destes menores, é preciso fazer a limpeza com frequência, pois eles carregam bactérias que podem causar infecções”, recomenda o especialista.

“Crianças menores dificilmente vão se queixar de algo no ouvido; esta atitude é mais comum em adolescentes. E elas começam a usar fones cada vez mais cedo, e isso pode adiantar os sintomas de uma lesão mais grave. Então, os responsáveis precisam prestar atenção em algo fora da rotina dos pequenos”, finaliza o otorrinolaringologista do Hospital Pequeno Príncipe.

Com Assessoria

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