Rev. Sandro

Chegou o carnaval, embora essa cultura do carnaval não seja tão presente em nossa cidade, como em outros lugares. Embora o carnaval faça parte da cultura nacional, inclusive levando o Brasil a ser conhecido como o país do carnaval, os danos nem sempre são contabilizados. A mídia mostra as festas, mas pouco se fala da sujeira, dos comas alcóolicos, da promiscuidade que corre solta. Tudo isso tem a ver com a origem do carnaval.

A Palavra carnaval tem origem no latim e significa “adeus a carne”, uma festa que se desenvolveu como se fosse uma última farra, pois depois vem o período que antecede a Páscoa. O carnaval é um convite a você ser, fazer o que bem entender, se entregar de corpo e alma. Alguns defendem como uma festa da liberdade.

A grande verdade é que nem tudo é festa, pois limites são extrapolados, trazendo assim consequências danosas não simplesmente a indivíduos, mas a casamentos, a famílias. As pessoas querem aproveitar o momento, mas não querem lidar com as consequências (só se forem boas). Via de regra não é o carnaval em si, ou outra festa, que faz com que as pessoas extrapolem todos os limites, antes, são as próprias pessoas.

O carnaval em si se torna uma desculpa para aprontar todas as intenções presentes no coração. Alguns vão defender sim, que o que importa é ser feliz, quando na verdade, o ser feliz ali, dura apenas alguns dias, e o resto da vida? E o dia a dia? Não se pode ser feliz nos demais dias? A felicidade rasa que o carnaval oferece, é muito superficial, é momentânea. Precisamos sim ter um olhar mais profundo sobre o que de fato é festa, é alegria.

Não podemos perder de vista, as alegrias do cotidiano, as alegrias no lar, na vida a 2, nos momentos de lazer, no bate papo com os amigos, enfim na forma como conduzimos nossa caminhada. Se isso não for motivo para festejar, há algo de errado. Infelizmente muitos lares vivem agendas tão apertadas, com conflitos não resolvidos, que não festejam mais.

Precisamos de algo que nos leve a festejar mais a vida, e não é o carnaval que proporciona isso. A verdadeira festa não acontece num sambódromo, antes, está presente no abraço dos filhos, na refeição juntos a roda da mesa, no sustento diário, na conversa descontraída com o cônjuge, com os filhos, enfim com os amigos.

Não quero e não preciso de uma alegria que acaba depois da festa, se eu posso desfrutar diariamente da alegria proporcionada por Aquele que está conosco todos os dias – JESUS. Todos podem se divertir, fazer festa, o grande problema é quando essa diversão extrapola os limites da decência, da moral e tudo mais.

O grande problema é quando as pessoas ficam refém das festas, mostrando assim que é somente aquilo dá um certo sentido. Alguma coisa está muito errada, quando a alegria da festa acaba depois da festa. Todos precisamos de sensatez, lembrando de um versículo da Bíblia que diz “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm.

Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6:12). Nem todas as festas vão te trazer alegria, nem todos os convites devem ser aceitos, não vale a pena ir a todos os lugares. Que a luz da Palavra de Deus, ilumine a mente e o coração de todos, lembrando que a maior de todas as alegrias encontramos em Cristo, pois Ele mesmo disse “Tenho-vos dito essas palavras para que a minha alegria permaneça em vós e a vossa felicidade seja completa” (João 15.11). Inclusive a Bíblia diz que há festa no céu quando alguém reconhece Jesus como seu Salvador.

Festejar é muito bom, principalmente quando as consequências são abençoadoras e não danosas. Festejar é bom principalmente quando há um sentido maior para celebrar, para viver. Festejar é bom, principalmente quando se tem um coração grato, quando há alegria no lar.

Rev Sandro Carvalho Rodrigues – pastor da Igreja Presbiteriana de Pinhão

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