Sei que o dito é mais conhecido que nota de dois reais, mas repito porque ele vale muito mais. Não é importante termos uma opinião, bem ou mal formada, sobre tudo. Esse é um trem que nunca teve valor e que jamais valerá algo que realmente mereça toda a importância que frequentemente damos a isso.

O que realmente importa, o que de fato tem valor é a procura amorosa e abnegada pela verdade. O resto, por mais que seja valorizado pelos círculos de escarnecedores e pelas sebosas almas midiatizadas, não passa de pó e sombras de vidas vividas de forma soberba.

Não digo isso por maldade, mas sim, por ser uma obviedade ululante. A verdade, por sua própria natureza, é o desvelar da realidade que alumia os olhos da alma; desvelar esse que vai ao encontro com todo aquele que amorosa e insistentemente a procura.

Já as opiniões, por sua própria constituição, são constructos mentais preguiçosos – alguns sofisticados, outros não – que elaboramos a partir de nossas parcas luzes em misto com os fragmentos de rudimentos de informações que nos são atirados nas ventas pelos noticiários, círculos de escarnecedores e por toda ordem de almas sebosas, tão midiatizadas quanto cansadas.

No fundo, esse trem fuçado que chamamos de “nossa opinião criticamente crítica” não passa de um eco não muito distante de algo que nos foi ditado por figuras maquiavélicas – não tão ocultas – para ser repetido de forma simiesca pela nossa carcaça preguiçosa.

Enfim, por essas e outras que é uma tremenda tolice fazer pouco caso do esforço exigido pela procura amorosa pela verdade em favor da confortável posição que nos é ofertada pelas levianas opiniões que cultivamos diariamente.

Por essas e outras que a tua opinião, e bem como a minha, sobre o que quer que seja, nada valem diante da majestade da verdade e, por isso mesmo, seria uma tremenda tolice fazer pouco caso das incontáveis verdades, que desvelam a realidade diante de nossas vistas, simplesmente porque elas não confirmam nossas amadas e idolatradas opiniões que deformam tanto a nossa percepção da realidade como a nossa personalidade.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

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