Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

É comum e a gente tem uma tendência de achar que tragédias, acidentes, crimes (autorias e vítimas) só ocorrem e atingem pessoas de outras famílias.  E muitas vezes, por achar que é coisa da vida dos outros, não nos prevenimos adequadamente, não desenvolvemos MECANISMOS DE DEFESA, contra esse tipo de ocorrência.

Este escriba é descendente basicamente dos  CALDAS e DELLÊs.

Do lado CALDAS, e descendentes de Estevam da Silveira Caldas e Francisca de Oliveira Lima Caldas, tragédias foram poucas: tem lembrança de Lauro da Silva Caldas, assassinado em Campo Mourão, e filha de Nelson Luiz Lima da Silva, vítima de acidente automobilístico.

Do lado DELLÊ, já a família várias vezes abalada por tragédias com vítimas fatais: criança Angela Cristina,  1980, neta de Alcides Dellê, atropelada em via pública em Pinhão; Ângelo Cesar Brolini, na BR-277; Leopoldo Francisco Bischof, médico no início de carreira, em via pública de Guarapuava; Gilberto Sens, em quadríciclo, em Entre Rios – Guarapuava; Luiz Alexandre Dellê, na PR-459, e Angelita de Fátima Brolini Rech dos Santos, vítima de homicídio em Ariquemis-RO.

E ainda, outros acontecimentos impactantes: Ciro Dellê, acidente com foguete, arma de fogo, atropelamento, incêndio em estabelecimento, pernas amputadas, por diabete; incêndio na sede da Fazenda de Aline Dellê Ribas e Agenor Lustosa Ribas; Francisco Norberto Dellê e Jaira Gonçalves Dellê, perda de visão por causa de diabetes. Tudo muito triste!

   A gente refletindo dessas ocorrências todas, dá para se extrair preciosas lições, aumentar precauções/prevenções, inclusive com a saúde. Com acidentes, crimes, em que tanto podemos ser vítimas, como de maneira eventual ou circunstancialmente, praticarmos algum. Não dá para deixar de lado (excluir), o sofrimento dos que por uma circunstância ou outra, ou numa espécie de acidente de percurso da vida, se envolvem com algum crime.

Dia desses ouvi num velório, um dizendo: deveriam achar um jeito, de adolescentes, jovens e pessoas de um modo geral, entrarem numa cadeia, presídios, para terem ideia, noções, do  quão feio e infernal lá são as coisas, para pensarem bem antes de fazerem alguma besteira.

É  salutar e interessante ainda impregnar na mente e cultura da nossa gente,  filosofia do inolvidável sertanista e grande brasileiro Marechal Cândido Rondon, lema “Morrer se preciso for, matar nunca”.

É claro que isso não significa, ser covarde, frouxo, fraco, inimigo da legítima defesa ou estado de necessidade, e não defender com coragem, inteligência, a sua vida, familiares e bens. Agora, quem procura acha.

Caso você, faça ingestão de bebida alcoólica, dirija em alta velocidade, faça ultrapassagens em lugar inadequado e não pratique direção defensiva; tenha ação ou reação no momento de ira/raiva; ande armado; não conte até 10 ou 100  antes de cometer uma besteira, ou queira fazer aquilo que você acha que é “justiça” de forma arbitrária com as próprias mãos,  não é por aí, o melhor caminho para Tomada de Decisão.

Isso também tem a ver com os femenicídios, mortandades que estão a ocorrer em alguns locais de Pinhão, nossas deficiências na área de segurança pública. Essa práticas de violências, só geram desgraças, não só do lado dos autores e vítimas, mas para a comunidade e Estado como um todo, que vão de termos que dar de comer e manter infelizes presos, as despesas do Sistema Único de Saúde-SUS, com vítimas de acidentes, crimes e tragédias, em que as piores são aqueles que não se descobre ou pune, autor ou autores.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista, cidadão)

 

 

 

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