Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

No dia 4 de maio de 2018, houve no Sindicato  Rural de Pinhão-SRP, uma reunião de sensibilização  para um treinamento e inserção no programa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-SENAR, Herdeiros do Campo.

            O curso acabou lamentavelmente não ocorrendo por falta de público interessado, e ficou esse vácuo, daí o presente foco para que relevante assunto   não seja esquecido.

            Na garupa dessa interessantíssima e importante ideia, focamos nesta reflexão, algo até mais abrangente, a SUCESSÃO FAMILIAR como um todo, não envolvendo só a sucessão no campo (meio rural), e transformando herdeiros em sucessores, para que o grande problema que temos que é a FALTA DE CONTINUIDADE, seja, na pior das hipóteses atenuada.

            Em nossa idiossincrasia, sucessão  é algo importantíssimo, e não só para os grandes empreendimentos, indústrias, comércio, fazendas, prestadores de serviços, como em todos os aspectos, inclusive da sucessão de pequenos negócios e atividades também no meio urbano, e a própria sucessão de moradias, pois, quantas casas antigas urbanas e rurais e sede de fazendas, viraram ruínas e taperas.

            A continuidade de qualquer atividade é fundamental e necessário para que aperfeiçoamentos se efetivem. E evidente que a caminhada de quem está num ramo, há anos, as chances de maiores acertos, eficácia e eficiência aumentam. E isso tudo tem que começar por preocupações e foco de ações  tendo como ponto de partida, organização  como um todo, inclusive documental, pois, qualquer coisa que esteja bagunçada, gera estresse, perda de encanto, de motivação e vendas patrimoniais.

            Quem não se preocupar e agir em prol de SUCESSÃO FAMILIAR, corre sério risco de com a sua falta (morte), imóveis, utensílios, equipamentos e até moradias, serem vendidas ou virarem ruínas e sucatas, ainda mais, se  no caminho, tiver familiares desunidos e herdeiros, no lugar de seres unidos e sucessores.

            A família é a base de tudo, a célula mater da sociedade. A grandeza de um país depende das famílias que o constituem, e o meio onde se forma o cidadão, o cristão e o sábio, como relido em livro Organização Social e Política Brasileira-OSPB, de 1970, dos  meus tempos de 3ª. ano ginasial no Colégio Agrícola Arlindo Ribeiro, de Guarapuava.

            Quando a gente se depara com taperas, nos vem uma onda de nostalgia, tristeza e filmes passam na cabeça da gente, de lutas, histórias lições de vida que não podem ficar desprezadas e enterradas em sepulcros.

Francisco Carlos Caldas, advogado,  ex-professor de OSBP e EMC).

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