poesia

Por Marcos Serpa

Há um talhe de mulher
que todo mortal almeja
se quero, ou se quiser
o consigo de bandeja
Por favor, não se incomode
com a absurda pretensão
sou assim, quem pode, pode.
sem nenhuma ostentação
mas, contudo, todavia
e ainda outros que tais
são apenas conjecturas
de quem ainda porfia
em colecionar figuras
pinceladas nos visuais.

Lhes garanto este trejeito
de feminidade aberrante,
é só uma estufada no peito
e de vereda boto por diante,
com blushes, batom e pó
realçada de olhos postiços,
de incremento nos mocotós,
um par de brinco suíço.

Embora eu ainda insista
no meu nobre pensar,
as vezes mesmo na rapa
te é bonito pras nossas vistas,
porém quem muito se tapa
pouco tem para mostrar.

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