Francisco Carlos Caldas

Uma das frustrações que carregamos por muito tempo, foi de Pinhão não ter e demorar a implantar o Serviço de Inspeção Municipal-SIM, para podermos adquirir dentro de normas de vigilância e saúde produtos alimentícios, com destaque a queijo, que muito gostamos é consumimos muito.

            Minha filha quando criança, lhe deram queijo assado na chapa de fogão e numa palha de milho, a partir daí virou e nos levou a seremos um dos maiores devoradoras de queijo do Município e Região.

            Na legislatura 2013-2016, chegamos a participar de reuniões sobre o SIM, entre as quais uma no Sindicato Rural de Pinhão, em que estava presente Valter Israel da Silva, atual Secretário de Meio Ambiente, Obras e Urbanismo de Pinhão, a hoje Vereadora Luzyanna Rocha Tavares, e tivemos a oportunidade de leitura de projetos de lei como um de 2013 de Campo Bonito,  informações, experiências e caminhadas de outros Municípios.

            Terminamos mandato de Vereador em 2016, e iniciativas tomadas, enfrentaram inúmeros obstáculos burocráticos e más vontades, e não só boas intenções que o inferno está cheio, bastam, mas ficaram também  experiências e passos de uma caminhada, que pequena ou grande como uma de mil léguas, começa com um primeiro passo.

            Que ótimo que em 2017, surgiu em nosso ordenamento jurídico, a Lei Municipal nº. 1.984/2017 e Decreto 134/2018, de  25/05/2018, que estabeleceu o Serviço de Inspeção Municipal-SIM e regulamentou o Programa de Incentivo às agroindústrias de pequeno porte no âmbito de Pinhão.

            Temos que aprender  muito e incentivar entre outros, pessoal da Adega Sabor do Sul (Dois Irmãos), Família Adimara Mazurechen Moraes e Dino Baggio, dos produtos “Paiol” (Fax dos Coutos – Alagado do Iguaçu); Adriane Ap. Vieiro (Guarapuavinha), Angelita  Aparecida Freski Surkamp (Alto do Alecrim), Domingos do Belem Ribeiro (Volta Grande), Ivanira Quevedo da Silva (da Vila Rural), Leandro Guzzi (Dois Irmãos), Marlene Alves de Freitas (Arroio Bonito),  Neli Ap. Schmoller Rebonatto (Fax. dos Franças), Nelson Francisco da Silva (Santa Cruz),  Roberto de Ramos Machado (Arroio Bonito I), Salete Althaus Breol Mazieiro (Fax. dos Carvalhos), Valter Israel da Silva,  e outros que com agroindústrias lidam com  panificados, massas, mel, mandioca, doces pastosos, ovos, frangos, geléias, conservas.

            SIM  e muitos SIMs, a esses abnegados produtores do meio rural, que têm  tudo a ver com a nossas origens e culturas, pois, não muito distante, ou seja, até a década de 1960 a maior parte da população do Brasil vivia na área rural. Na década de 1970 a 1980, houve um grande êxodo rural. E hoje 84,35% da população do Brasil vivem no meio urbano e no Paraná 85%.

            Sem saudosismos mas com nostalgia, mais uma vez, citamos Khalil Girbran, pensador libanês que viveu nos anos de 1883-1931,  autor da obra “O Profeta”, que nos legou essa pérola que parafraseamos e adaptamos: “No fundo, somos todos lavradores (camponeses) e todos amamos os animais, plantas e vinhedos, e nas pastagens da nossa memória, há sempre, um pastor, um rebanho e uma ovelha perdida.”

            Minha neta como  crianças de um modo geral gostam muito de animais, e nessa linha, com um ano  em 2017, ganhou uma terneira, que recebeu o nome de Flora, e que hoje está novilha, e aí o começo de uma criação e fomento a atividade pecuária e rural,  e criar raízes com a Terra e o Rural.

            (Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista, cidadão)

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