
Jefferson Bevervanzo Varnier, secretário municipal de Saúde de Reserva do Iguaçu | Foto: Nara Coelho/Fatos do Iguaçu
Por Nara Coelho – Portal Fatos do Iguaçu
Com o aumento expressivo dos casos de influenza registrados nas últimas semanas, a Secretaria Municipal de Saúde de Reserva do Iguaçu (PR) retomou a campanha pelo uso de máscaras e intensificou os esforços para ampliar a cobertura vacinal no município. A medida busca conter o avanço do vírus, que, segundo o secretário Jefferson Bevervanzo Varnier, já soma cerca de 60 casos confirmados em um curto intervalo de tempo.
Crescimento rápido e preocupante
“A situação é preocupante e precisamos muito da ajuda da população”, afirmou o secretário em entrevista ao Portal Fatos do Iguaçu. Ele explicou que os casos vêm aumentando rapidamente, com uma média de sete a oito testes positivos por dia. “Teve um aumento bem considerável. E não só da influenza A, mas da influenza B também”, alertou.
O que mais preocupa a equipe da Saúde é a velocidade com que os casos surgiram. “Num período de 15 a 20 dias, que é um intervalo curto, tivemos um número muito elevado. Os hospitais não estão prontos para atender a toda essa demanda. Precisamos evitar que a situação cresça”, reforçou Jefferson.
Máscaras voltam a ser obrigatórias em unidades de saúde
Diante desse cenário, a Secretaria adotou novamente a obrigatoriedade do uso de máscaras nas dependências dos serviços de saúde e em locais com aglomeração de pessoas. A medida visa proteger tanto a população quanto os profissionais da saúde.
“Optamos pelo uso de máscara porque dentro das unidades as pessoas ficam muito próximas umas das outras. Já temos funcionários contaminados. É uma forma de resguardar o profissional da saúde e garantir que tenhamos condições de atender à demanda, que infelizmente tem crescido”, explicou o secretário.
Vacinação: baixa adesão preocupa
Mesmo com a oferta da vacina contra a gripe para todas as faixas etárias a partir dos seis meses de idade, a adesão da população tem sido baixa. Jefferson apontou que cerca de 90% das pessoas que testaram positivo para influenza não estavam vacinadas. “Essa é uma situação que está muito nas mãos da população. Nós ofertamos a vacina, mas precisamos que as pessoas venham se vacinar”, enfatizou.
A Secretaria de Saúde tem realizado ações descentralizadas, levando a vacinação até as comunidades e escolas. No entanto, esbarra em dificuldades, como a recusa de pais em autorizar a vacinação dos filhos. “Estivemos o dia todo em Santa Luzia, e ninguém se vacinou. Temos feito ações nas escolas, mas ainda encontramos resistência.”
Vacina protege a comunidade
Além de proteger quem recebe a dose, a vacina contribui para a contenção do vírus na comunidade. “A pessoa vacinada desencadeia uma cadeia de proteção. Ao não se contaminar, ela não transmite e ajuda a formar uma barreira contra o vírus. Temos encontrado dificuldade em conscientizar a população sobre essa importância”, lamentou o secretário.
Frio pode agravar o cenário
Com a chegada do frio, que favorece o surgimento e agravamento de doenças respiratórias, a Secretaria alerta para a necessidade de reforçar os cuidados. “É bom a população se preparar, porque o frio complica ainda mais. Ele acaba influenciando nas doenças respiratórias, e o agravo vem”, observou Jefferson.
Atendimento nas salas de vacina
A vacina contra a gripe está disponível para todas as pessoas a partir de seis meses de idade. As salas de vacinação funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h. Para se vacinar, é necessário levar a carteirinha de vacinação e o cartão SUS.
A Secretaria de Saúde reforça: o combate à influenza depende do compromisso coletivo. Vacinar-se, usar máscara e evitar aglomerações são atitudes essenciais para proteger a si mesmo e a toda a comunidade.