Exatamente sete anos depois de ocorrido o fato, foi realizado na sexta-feira, dia 02 de dezembro, o julgamento de Benjamim Topolniak, 53 anos, acusado de homicídio contra Neri Sebastião Pedrozo com golpes de facão na tarde do dia 2 de dezembro de 2009, na divisa da fazenda Bom Retiro e a estrada da localidade de Barreiros.

O réu se defendeu relatando que ou acertava Neri ou morria, pois o mesmo estava armado com uma espingarda e um pé de cabra. Ambos trabalhavam em uma propriedade rural distante 40 quilômetros da sede de Pinhão. “Na noite anterior ao fato, tomávamos chimarrão em um paiol e Neri começou a me provocar, batendo no chão com um facão e acabou ferindo seu pé. Deixei quieto, não reagi, pois sabia que ele era uma pessoa agressiva”.

No dia seguinte, Neri encontrou uma dobradiça quebrada em um portão e falou para o réu que por aquele portão ninguém passava, que qualquer um que passasse, ele mataria. “Discutimos e entramos em luta corporal fora do paiol, ele portava uma espingarda, que tentou atirar contra mim, mas a arma falhou. Não tinha a intenção de mata-lo, mas me defendi com um facão. Acertei em sua mão, no pescoço e no abdome”.

O Promotor de Justiça, Bruno Ishimoto, se dirigindo ao Conselho de Sentença contou que a vítima, segundo o laudo, recebeu 13 golpes e mostrou algumas fotos do crime. “O corpo nos fala que não houve moderação nos golpes, desta forma não podemos falar que houve legítima defesa”.

O Conselho de Sentença votou pela condenação do réu, que teve o crime qualificado como Homicídio Privilegiado, ou seja, reconhece que Benjamim Topolniak agiu motivado por relevante valor moral, ou seja, em sua defesa física e tendo em vista a injusta provocação da vítima. A pena a ser cumprida é de quatro anos em regime aberto.

 

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