Cerca de 90% das aquisições das escolas da rede estadual são feitas nas micro e pequenas empresas

A Secretaria Estadual de Educação (SEED) lançou dia 7 de julho, em Guarapuava, o projeto piloto ‘Escola também compra’, elaborado pela Coordenadoria de Apoio Financeiro à Rede Escolar (CAF) da SEED, que busca aliar a gestão eficiente dos recursos das escolas e privilegiar fornecedores de bens e serviços da região, fomentando a economia local.

Segundo dados da SEED, cerca de 90% das aquisições das escolas da rede estadual, que recebem recursos estaduais através do programa Fundo Rotativo, são feitas nas micro e pequenas empresas.

Para esclarecer sobre o projeto foi realizada em Pinhão, na manhã de terça-feira, dia 20 de setembro, no Sindicato Rural, uma reunião envolvendo diretores e secretários de escolas estaduais, fornecedores, prestadores de serviços e representantes do Núcleo de Educação e Sebrae. A Associação Comercial e Empresarial de Pinhão (Aciap) é uma das parceiras deste projeto e teve como tarefa convidar os empresários de vários segmentos e profissionais autônomos para fazer parte de evento. Uma vez que as instituições de ensino necessitam de material de expediente a material de limpeza, até prestação de serviço e o conserto de pequenos reparos como instalação de um tomada ou a troca de uma torneira.

A coordenadora do setor financeiro do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava (NRE), Margarida de Oliveira Lopes, explicou que ‘Escola também compra’ é um projeto piloto que envolve o NRE, a Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), SEED e Sebrae.

“Estamos com esse projeto desde agosto de 2015 em Guarapuava. Agora resolvemos estender aos oito municípios que compõem o NRE de Guarapuava e as suas associações comerciais. Ele visa melhorar a relação do comércio local com as escolas. Os recursos públicos que as escolas recebem mensalmente, que são 10 parcelas de cota consumo e mais quatro cotas serviço, é um dinheiro em caixa que as escolas tem. Montante de recurso para que sejam aplicados dentro da Lei Complementar Federal 147, que deve ser aplicado para a micro, pequena empresa e os MEI’s, independente do produto ou serviço, aproximando assim os fornecedores das instituições públicas. Muitas empresas não têm conhecimento desta fatia de mercado”, explicou a coordenadora.

Margarida ressaltou que desejam que todos saiam ganhando, mas sentiu pela pouca participação dos empresários. “Poderia ter mais empresários e prestadores de serviços, mas os que estão aqui estão interessados e o retorno será muito bom”.

ESCLARECIMENTOS

O colaborador do JM Supermercado, Fernando Ferreira, ficou muito satisfeito com a reunião. “Foi esclarecida principalmente a questão dos 10% de diferença no preço dos produtos de um fornecedor para outro. Sempre participamos de processo para venda de material de limpeza e gêneros alimentícios. Vimos sobre várias leis, as quais não eram de meu conhecimento e que nos auxiliam para que possamos fazer bons negócios com as escolas”, frisou.

A diretora do Colégio Estadual do Campo Cornélio Pires Ribeiro, localizado em Faxinal dos Coutos, Marisangela Piva, contou que participou do evento em Guarapuava e o projeto vem atender um desejo da comunidade escolar.  “Cobrávamos muito por um projeto desse âmbito. As dificuldades de comprar no comércio local e devido à falta de regularização da empresa. É um incentivo às empresas e prestadores de serviços e vai beneficiar a todos. Facilita a parte burocrática na prestação de contas. Percebemos que poucas empresas estão cadastradas como fornecedores para o Estado. Os empresários têm pouca visão de que desenvolvendo um bom trabalho na escola poderão realizar novos serviços particulares para os professores e funcionários ou pessoas que nós conhecemos e que poderemos indicar”, comentou.

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