Francisco Carlos Caldas

A melhor maneira de se alegrar é tentar animar alguém ”(Mark Twain, escritor e humorista norte-americano  que viveu nos anos de 1835-1910).

Já escrevemos e temos meditado bastante sobre otimismo, pessimismo, distimia, realismo esperançoso este último da filosofia do saudoso paraibano Ariano Suassuna, autor entre outras pérolas do “Auto da Compadecida”.

Este por ser realista, pés no chão, conservador, cauteloso, prevenido, ações em cima de princípios, cálculos, posicionamentos firmes e claros,  vezes ou outra recebe rótulos de radical, distímico, pessimista, de “lobo mau” e pejorativos do gênero.

O nosso foco hoje é praticamente Pinhão e Reserva do Iguaçu, Municípios que temos atividades, e um pouquinho de conhecimento do que ocorre nesses espaços. Mas mesmo assim, sofremos e até nos angustiamos com coisas que ocorrem no Brasil e Mundo. Nos esforçamos para não nos abalarmos, com por exemplos: sufoco de endividados escravos do capital financeiro e capitalismo selvagem;  famílias com familiares nos mundo das drogas e vizinhando com cracolândias; crianças famintas e esquálidas e gente passando fome e disputando lixo até com corvos e urubus de fotos e vídeos de cortar corações e abalar mentes; efeitos de tsunamis e terremotos ocorridos no Japão; rompimento da Barragem de Brumadinho-MG em 25/01/2019 com 250 mortes (maior desastre industrial do século); guerra da Rússia com a Ucrânia, conflito entre Israel e  Grupo Hamas muçulmano palestino, em Gaza; enchentes e destruições que já ocorreram em Santa Catarina, e setembro/2023 e agora em final de abril e início de maio/2024, 336 municípios do Rio Grande do Sul-RS.

Dos meus tempos de juventude e ainda de estudante de 1º. ou 2º. grau, li um pensamento de Francis Bacon, um filósofo, escritor, cientista e político inglês que viveu nos anos de 1561-1626: “Não se vence a natureza senão obedecendo-a”.

As destruições, perdas materiais e de próprias moradias, mortes, pessoas e animais se afogando, gente em cima de telhados, imagens de horror, terror, ainda que não presenciais, mas só de TV, celular, tem nos levado a se aprofundar ainda mais em nossas reflexões sobre a vida e o sentido da vida. E quando vem as tentações de reclames, queixas, insatisfações, estresses, angústias críticas e “cobranças” que  fazemos e nos fazem, lembramos dessas desgraças todas e da filosofia de vida de uma nossa tia paterna de nome Hipólita de Oliveira Caldas, que era uma pessoa bem simples, e quando ouvia alguém se lamentando de alguma coisa, ela dizia: “pior é  isso e aquilo, o que ocorreu com fulano, ciclano ou beltrano”, sempre querendo consolar, animar as pessoas do seu redor e que queria bem. Desentendimentos sérios de casais ela diziam que  eram “fitas”. E tudo com os cuidados de não cair em mediocridade e nivelamentos por baixo.

Na conjuntura atual, familiar,  local, do Rio Grande do Sul, País e Mundo, a filosofia Hipolitana, da minha saudosa tia, da Pollyanna da obra de Eleanor H. Porter, clássico da literatura infantojuvenil publicado em 1913, viraram NECESSIDADES REAIS, e temos que se valer dessas LIÇÕES DE VIDA, e sem ilusões ou enganações tentar animar senão com um pouquinho de otimismo, ao menos com um REALISMO ESPERANÇOSO.

Muitas vezes a gente tem que filosofar,  se envolver com artes, espiritualidade, e se apegar com Deus, para não morrer de realidades,  verdades,  injustiças, maldades e  ter esperança de  que com MECANISMOS DE DEFESA  um dia o BEM vence o mal.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e Cidadão).    

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