Nesta era “ultra-moderna” percebe-se claramente que o virtual está sobrepondo (ou já sobrepôs) o real. Muitas famílias conversam mais virtualmente do que “cara a cara”. É bom lembrar que a distância das famílias e amigos se tornou zero por causa das redes sociais e outros aplicativos, e isso é bom. O problema é quando as pessoas estão próximas, mas devido as redes sociais se isolam uma das outras criando assim uma certa distância. Outros, demonstram nas redes sociais, que são as pessoas mais espertas, sábias, santas, alegres, e outros, mas isso fica apenas no virtual. Muitos, no mundo virtual, estão prontos para mudar o mundo, mas na vida real, não tem a capacidade de arrumar o próprio quarto. Querem ruas mais limpas, mas jogam papel e outras coisas na rua. Todos podem opinar e opinam sobre o que bem entendem na rede social, o problema é que muitos estão opinando sobre a política norte-americana, quando na realidade colaram na prova para passar, não exercem sua cidadania no seu bairro e querem dar “pitaco” lá fora. Percebo que as postagens de muitos é a coisa mais contraditória que existe. Algum tempo atrás vi alguém, em certa rede social, indignado com o desmatamento, mas, logo depois, postou uma foto de vários peixes que pescou no período da piracema. Observe então as postagens sobre Deus; em um momento postam versículos bíblicos, frases de efeito, demonstrando serem os mais religiosos e noutro momento estão postando fotos de pessoas mostrando “o dedo do meio”, e trechos das músicas mais chulas que existem. A coisa está tão complicada que se alguém posta uma foto fazendo algo que é correto, é criticado e rotulado, como alguém de esquerda, de direita, entre outros. Não sou contra o “orkut”, mas percebo que é necessário buscarmos um equilíbrio entre o virtual e o real. Precisamos ter cuidado com o que postamos e para quem postamos. Na prática precisamos desafiar a nós mesmos e trocar 30 minutos diários do “ICQ” (esse é da época do Naor), por uma boa leitura. Precisamos silenciar o WhatsApp e comer nossas refeições em paz, conversar olhando mais nos olhos do outro, e não com os olhos voltados para o celular. Ao invés de ficarmos lançando desafios de passar tal oração para mais 7 amigos, ore de fato à Deus. O tempo gasto com essas correntes que nada resolvem, seria melhor aproveitado conversando diretamente com Deus; antes de digitar amém, fale amém para Deus. O que precisamos de fato é, colocar a Palavra de Deus como lâmpada para os nossos pés, iluminando cada passo, cada conversa, cada plano e é claro iluminando inclusive o uso que fazemos do virtual. As redes sociais e outros aplicativos, de fato, diminuem distâncias, mas, que não possamos usar o virtual para aumentar a distância daqueles que estão ao nosso lado. Que Deus nos dê o equilíbrio e a sabedoria para usarmos as redes sociais, e outros aplicativos para o bem, e que o virtual não tome o lugar do real. Brinque, poste fotos, converse com os amigos e parentes, dê sua opinião, mas não se esqueça que você é real, que vive num mundo real, com pessoas reais e com desafios e conflitos que devem ser enfrentados e vencidos realmente e não virtualmente (mais uma vez afirmo que o virtual não é ruim, nós é que o transformamos em algo ruim ou bom). Usando as redes sociais com equilíbrio, todos ganham. Falando nisso, curte lá o que postei, se não vou ficar muito “sentido”, (brincadeirinha sem graça).

Rev Sandro Carvalho Rodrigues

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