[1] O sistema educacional brasileiro é fundado em premissas – que tem por intento número um – fazer com que os imbecis não se frustrem de jeito algum e, também, para levar os idiotas a acreditarem que é profundamente meritório obter êxitos escolares, de valor duvidoso, sem ter de realmente dispender esforço algum para isso.
[2] A forma como reagimos frente as situações que nos provocam medo revelam muito daquilo que o sistema educacional fez conosco e, obviamente, mostra o tipo de pessoa que nos tornamos. Não refiro-me aqui a uma situação de perigo extremo. Nada disso. Aliás, raramente alguém tem que enfrentar algo assim. Refiro-me, sim, a coisas mais simples, que se fazem presentes no dia a dia de todos nós. Vejamos: diante dos probleminhas nossos de cada dia, alguns procuram chamar a tal da responsa para si e tentam, com todas as forças do seu ser, resolvê-los. Outros, por sua deixa, primeiro tentam colocar a culpa em alguém pelos ditos cujos dos problemas e, depois disso, bem depois disso, dão aquele showzinho diante de todos os olhares para que ninguém ouse não tomar conhecimento de sua “justa indignação” e, por fim, espera que alguém resolva a encrenca que ele, um cidadão crítico, não quer saber de resolver com suas próprias mãos e vontade. Claro que existem inúmeras variações entre esses dois tipos hipotéticos. Meu Deus! Como há. Mas, deixando essas miudezas de lado, pergunto: qual é a lição ensinada pelo sistema educacional brasileiro como se fosse a fina flor daquilo que os doutos chamam carinhosamente de “cidadania crítica”? Qual? Qual mesmo? Pois é. E depois nós não sabemos porque o nosso país está nessa meleca federal.
[3] O problema não é ler algo e não entender o que está escrito. A grande encrenca é quando o caipora lê alguma coisa e acredita que entendeu tudo tintim por tintim sem ter, necessariamente, entendido patavina alguma. Infelizmente, esse tipo excrementício é algo que ocorre com muita frequência em nosso triste país.