Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Quarentena segundo a Wikipédia, é a reclusão de indivíduos ou animais sadios pelo período máximo de incubação  da doença. Não é reclusão ou isolamento por 40 dias, como o termo deixa impressão.

           Na linha de que Deus escreve direito até por linhas tortas, e de que quando a vida nos dá um limão, façamos uma limonada, estamos recolhidos na nossa insignificância, e aproveitando esse isolamento funcional e  profissional, para faxinas, reforçar organização, definir estratégias, aprofundar reflexões sobre a vida e seu sentido.

           Outra coisa focada nesse isolamento, foi se voltar para interior, área rural, e fazer piquenique com neta, e com roçadeira e foice, roçar traços de cercas divisórias e beiras de estradas, para melhor visual e manutenção  de propriedade. O interior, o meio rural é uma boa saída. É um quase ficar em casa sem ficar sozinho, já que familiares,  animais, à natureza, são gratificantes companhias. Mas, pelo êxodo rural ocorrido no País, hoje poucos, podem se valer dessa saída, ou válvula de escape.

           Da tarde do dia 23/03/20 até a tarde de  28/03/20, ficamos sem internet no escritório, e vieram dois técnicos de Ponta Grossa, de empresa terceirizada da COPEL, para o reparo. Por  outros meios, não ficamos desplugados.

           Todo cuidado ainda é pouco, mas na prática, isolamento horizontal e total é complicado. Estamos na linha e defesa do isolamento vertical, e com agendamentos, fazendo e recebendo alguns atendimentos, com agendamentos, controles e cuidados de todos os lados.

            Por enquanto os menos afetados pela quarentena, são os funcionários públicos e aposentados, pelo menos no que diz respeito a receitas, já que profissionais liberais, autônomos, ambulantes, empregadores, os diaristas, os que fazem alguns bicos, são os mais “ferrados”. E os sem atividade, trabalho, as dificuldades existiam e existem, independentemente da quarentena.

            Assim é independentemente do tanto de dias da quarentena, a situação é grave e aflitiva, mas pode ser aproveitada para romper paradigmas, diminuir: correrias, ócios destrutivos, comodidades, apego a molezas, consumismos, desperdícios, descontroles, vícios e males do gênero.

            A crise que sofremos, agravada com o coronavírus (COVID 19), exige de todos nós, muito equilíbrio, serenidade, bom senso, racionalidade, e se degladiar em redes sociais ou qualquer lugar, com ideologias, esquerda, direita, radicalismo,  fascismo, comunismo, capitalismo, socialismo, situação ou oposição, é no momento “roubada”, “tiro no pé” ou coisa desse tipo.

               (Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão)

                 E-mail “[email protected]”) 

                                                                            

 

 

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