Foto: Greicy Pessoa
Estudantes de Guarapuava criaram tecnologias voltadas para pessoas com deficiência visual
Redação Fatos do Iguaçu com Assessoria
Até o dia 12 de abril os visitantes que estiverem no Congresso Nacional terão a oportunidade de visitar a exposição “Sesi Senai Pelo Futuro do Trabalho”, montada no Salão Negro. A mostra apresenta produtos inovadores desenvolvidos em escolas e centros tecnológicos do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviços Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Quem está representando o Paraná na exposição são os alunos Vinicius Bail e Maria Eduarda Pessoa, do município de Guarapuava. Ele tem 17 anos e faz faculdade de Educação Física na Unicentro. Já Maria Eduarda, de 19 anos, cursa Engenharia de Controle e Automação na Faculdade de Guarapuava.
Inicialmente, eles desenvolveram no ano de 2017 uma luva com dois sensores ultrassônicos para que o deficiente visual tivesse mais mobilidade e autonomia ao andar em ambientes internos. Na prática, para o leitor entender, a luva vibra conforme o obstáculo vai se aproximando.
Vale destacar que a motivação para a criação da luva foi do Vinicius, que é deficiente visual. Segundo os últimos dados do IBGE, o Brasil tem 6 milhões de deficientes visuais.
Depois da luva, os alunos foram além e a última criação, desenvolvida em 2018, é uma pulseira inteligente para uso industrial que tem basicamente três funções: identificar o obstáculo com um sensor mais preciso; identificar a eletricidade, para evitar o choque e identificar a faixa de segurança. Tudo isso só é possível, pois a pulseira é interligada com um aplicativo de celular on line.
Para o senador Flávio Arns (Rede/PR), os projetos são muito interessantes. “Os alunos desenvolveram ideias com auxílio da tecnologia que permitirão uma maior inclusão social e convívio em comunidade. É muito bom ver o Paraná sendo referência para o restante do País”.
Agora, o objetivo é a transferência dessa tecnologia da pulseira, vender o produto para uma empresa. “O valor da pulseira para comercialização é de R$ 480. O valor humano, vai além, pois vai ajudar as pessoas com deficiência a se sentirem independentes”, afirma Vinicius.