Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Quando a gente se volta ao passado e faz reflexões sobre a vida das famílias, pessoas, mesmo de um Município, preciosas lições podem ser tiradas.
Problemas que surgem nas caminhadas da vida, as vezes temos uma tendência de achar, que os nossos problemas são os maiores, que somos azarados, que os cosmos estão a conspirar contra nós, que não dá quase nada certo, que é tudo muito sofrido.

Á noite quando a gente perde o sono, os problemas se agigantam. De manhã, e principalmente com a luz do sol e dia de céu aberto, você acaba constatando que os problemas não são tão sérios e intransponíveis assim.
E tem aquela história. No fim tudo dá certo, e se ainda não deu, é porque ainda esse ato ainda não chegou ao fim, afinal tudo é cíclico, sistêmico e tem o seu tempo, ainda que quem sabe, luta e persevera faz a hora e não espera acontecer.

A irmandade de meu avô paterno, foram 12; do meu pai 9; da minha mãe 11; deste escriba 6; da esposa deste 7; dos filhos deste 2, e agora tendo uma neta, se renovam preocupações com a família, com a vida, comunidade, Município, e País em que você vive de 207,7 milhões e Mundo com 7,6 bilhões de habitantes.

É assustador a falta de empregos e oportunidade de ocupações lícitas (trabalho) para as pessoas; a falta de: habitação digna, saneamento, saúde, valores, respeito, virtudes, ética, educação (formação) no seu sentido mais amplo, e a problemática das necessidades atuais estarem em regra acima das possibilidades de atendimento.
É complicado se encontrar pontos de equilíbrio, união, dentro de uma própria família, e entre parentes, daí, já dá para imaginar às dificuldades para superar problemas nas atividades de uma associação, clube, repartição pública, num Município.

Na vida pública/política, vem a mente, os embates travados entre outros, com o Parque Industrial de Pinhão e suas negociatas especulativas de lotes; implantação de aterro sanitário e outras ações de correta destinação dos resíduos sólidos; da regularização de loteamentos irregulares em Pinhão; da paternidade e maternidade irresponsável, que apesar da Lei nº. 920/1998 (do programa de planejamento familiar – FILHO DESEJADO), continuam procriações desenfreadas de adolescentes, jovens e pais vulneráveis; do controle ético de reprodução de cães e gatos em que a Lei Municipal nº. 1.891/14, de 11/12/14, que até hoje não saiu do papel.

Isso só para dar uma idéia, do quão difícil é lidar com o coletivo, com a vulgaridade e cultura de muitos, em serem mais exigentes e rigorosos para com os outros, e pouco ou quase nada para consigo próprio, incoerência essa que o filósofo chinês Confúcio, já constatara na sua época (551 a 479 a.C).

Para encerrar, um alento. A Lei Municipal nº. 1.823/13, de 28/11/2013, que inseriu o art. 153-A no Código de Posturas do Município de Pinhão (na Lei 1.298/2006, de 21/12/2006), proibindo a ingestão de bebidas alcoólicas em vias e espaços públicos, é uma referência de participação popular e trabalho legislativo sério e árduo, pois, projeto de agosto/2011, não vingou na legislatura 2009-2012, e só virou lei no final de 2013, depois de reivindicação subscrita por em torno de 1500 pessoas, muito trabalho e ainda uns ousam desrespeitá-la.

Londrina só recentemente aprovou um projeto semelhante de nº. 276/2017, após audiência pública em 23/04/2018, e muitos embates na Câmara.

(Francisco Carlos Caldas, advogado e cidadão pinhãoense).
E-mail [email protected].

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