Leite e Derivados

Redação Fatos do Iguaçu com Deral/Seab

O preço do leite apresentou queda para o produtor em novembro. Isso refletiu para o consumidor, estendendo-se para produtos lácteos industrializados. A análise sobre as razões para a redução é feita no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, referente à semana de 29 de novembro a 4 de dezembro.

O boletim mostra que, na comparação entre os meses de outubro e novembro, a redução no preço do litro do leite pago ao produtor foi de 2,4%, passando de R$ 2,05 para R$ 2,00. No mercado varejista, o longa vida apresentou queda de 2,63%; o leite em pó, de 0,90%; o mussarela, de 5,65%; e o queijo prato, de 2,12%. Mas alguns produtos tiveram alta, entre eles, manteiga extra, com 1,59%, e queijo parmesão, com 7,95%.

O aumento sucessivo dos preços de lácteos, durante o ano, chegou a um patamar em que a demanda passou a ter queda expressiva. A população, em grande parte abalada pela pandemia, teve sua renda afetada pela inflação. Além disso, o fim do auxílio emergencial em dezembro também é fator que reduz o poder de compra. Caindo a procura, o preço também cai.

No lado da produção, mesmo com os custos em alta, a maior incidência de chuvas, em novembro, contribuiu para um leve crescimento no volume e mais oferta do produto no mercado interno. A isso se somou o aumento das importações, que chegou a 92% no trimestre agosto/setembro/outubro, comparado a 2019. Maior oferta, aliada à menor demanda, provocou a redução de preço.

SOJA E MILHO 

O boletim também informa que a soja está com 99% da área estimada para a safra já semeada. As condições das lavouras permanecem sem alteração em relação à semana passada, com 72% boas, 24% em situação média e 4% consideradas ruins.

O milho da primeira safra está com aproximadamente 26% da área plantada em estágio de floração. Um volume menor, de 9%, está na fase de frutificação e o restante, em desenvolvimento vegetativo. A previsão de produção se mantém em 3,4 milhões de toneladas, mas a expectativa permanece, em razão da variabilidade do clima.

FRANGO E OVOS 

O documento apresenta, ainda, uma análise sobre as exportações brasileiras de carne de frango e, especificamente, sobre o Paraná, primeiro produtor e exportador. A queda verificada nas exportações paranaenses do produto no período de janeiro a outubro, em comparação com 2019, foi de 3,7%.

Em ovos, o que se observa no início de novembro é a baixa disponibilidade do produto, refletindo em preços mais altos, ainda que a demanda também esteja reduzida. O calor provocou morte de várias poedeiras e o número de pintainhos em alojamentos também foi reduzido em razão do aumento nos custos.

OUTROS PRODUTOS

O boletim preparado pelos profissionais do Deral analisam, nesta semana, outras culturas, como o limão, que, em 2019, movimentou R$ 1,6 bilhão na economia paranaense fruto de seu Valor Bruto de Produção (VBP), com colheita de 1,4 milhão de toneladas em 55,7 mil hectares.

Sobre a mandioca, há relato sobre ritmo menor de trabalho nas indústrias de féculas, o que provoca redução de movimentação também no campo. Em relação ao trigo, o registro é sobre os comparativos a serem feitos para que o produtor tome a decisão de plantio entre essa cultura ou o milho segunda safra. No entanto, a definição deve ser tomada somente a partir de fevereiro.

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