A gestação é um período importante na vida da mulher, levando a transformações e adaptações tanto orgânicas quanto emocionais em razão de modificações hormonais.
Maria Rita de Souza Mesquita, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e diretora de Defesa Profissional da SOGESP, alerta que os principais cuidados devem começar antes mesmo do período da gravidez.
“A mulher tem de procurar um obstetra de sua confiança para receber as orientações adequadas e iniciar o uso de acido fólico três meses antes do início da gestação para que seja evitada má formação do tubo neural responsável pelo sistema nervoso central, cérebro e coração da criança”
Os cuidados são extensivos à alimentação; evitar ficar longos períodos em jejum, excesso de sal e açúcar. O certo é seguir uma dieta equilibrada e nutritiva com proteínas, carboidratos, frutas, legumes e verduras.
Além disso, é importante que a mulher realize atividades físicas especializadas para a gestação tais como caminhada, hidroginástica, yoga entre outras.
“Os benefícios são muitos, tanto físicos quanto psicológicos, já que podem levar à liberação de hormônios neurotransmissores que ajudam a estabilizar emocionalmente da grávida. A prática de atividade física é essencial para o corpo, pois propicia o fortalecimento da região pélvica e vaginal, relevante estímulo para um parto normal, além de prevenir a incontinência urinaria pós-parto” discorre a especialista.
Destaca-se a contraindicação do uso de bebidas alcóolicas, cigarro e drogas visto que essas substâncias aumentam as chances do aborto espontâneo, parto prematuro e de interferência na formação da placenta.
É mister que a gestante esteja em dia com a carteira de vacinação e seja orientada quanto à necessidade da aplicação da vacina dTpa (contra difteria, tétano e coqueluche) a partir da vigésima semana de gestação. A vacina de gripe também deve ser atualizada anualmente, assim como a de hepatite B para as gestantes não imunizadas.
Aliás, as vacinas que são manipuladas com vírus vivo atenuado não podem ser utilizadas durante a gestação, como por exemplo, a de rubéola.
Na atualidade, em decorrência da pandemia da Covid-19, há indicação de imunização das gestantes com duas doses iniciais e um reforço após 4 meses. As vacinas seguras e disponíveis para as gestantes são a Coronavac e Pfizer.
Em relação ao uso de medicamentos, a gestante deve entrar em contato com seu obstetra para a permissão de uso.
EXAMES
Os exames de sangue e urina em geral são realizados durante o primeiro, segundo e terceiro trimestre. Em cada um desses períodos, há outros mais específicos, mas os indispensáveis são tipagem sanguínea, hemograma, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, sorologias para sífilis, HIV, rubéola, toxoplasmose, hepatite B e além da dosagem de vitamina D, TSH e t4 livre e urina 1, cultura e antibiograma. Entre 24 e 28 semanas, é fundamental a realização da curva glicêmica.
Em relação as ecografias, é primordial a realização de ultrassonografia transvaginal por volta de 7/8 semanas para avaliar principalmente a idade gestacional, a presença de saco gestacional intrauterino, se é com feto único ou múltiplo e a presença de batimento cardíaco fetal. Os exames morfológicos são realizados entre 11 a 14 semanas e também por volta de 20 a 24 semana. Outros ultrassons podem ser realizados por volta de 29/30 semanas e no final da gestação de acordo com a evolução de cada gestação.
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