Por Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i) UMA ALMA DESORDENADA, SEM UM CENTRO, está condenada a repetir os mesmos equívocos e, faz isso, nutrindo a crença pueril de estar inovando no seu repetitivo ato de equivocar-se nas mesmas coisas e das mesmas formas de sempre.
(ii) NÃO FALO EM NOME DE NINGUÉM A NÃO ser de mim mesmo. Aliás, só pra constar: se certas pessoas – figuras públicas ou ilustres desconhecidos – soubessem o quanto é ridículo apresentar-se como supostos porta vozes do povo, dos fracos, dos oprimidos, disso e daquilo sem, de fato, representá-los, ficariam silentes por um bom tempo ou seriam, ao menos, mais modestos em suas considerações populistas de araque.
(iii) O BRASIL É ESQUISITO MESMO. Uma verdadeira jabuticabeira. (iv) PROCURO, DENTRO DE MINHA DECAÍDA condição humana – e põe humana, e coloca decaída nisso – ir à Santa Missa dominical não pra ver e me encontrar com a comunidade, nem pra testemunhar um profano show de calouros. Com a comunidade me encontro todo o santo dia. Na Santa Missa anseio encontrar-me com Nosso Senhor Jesus Cristo, apresentar-me a Ele, em minha indigência e indignidade espiritual. (v) O BRASIL NÃO TEM UM PROBLEMA. Ele é um problema praticamente insolúvel.
(vi) A MEU VER, UM DOS GRANDES PROBLEMAS do Brasil, em especial da faixa que se autoproclama esclarecida, é a excessiva credulidade nutrida por ela nas soluções políticas – e nos ícones de barro que se apresentam como seus representantes – em misto com uma total falta de fé em Deus e de mãos dadas com a ausência de uma sincera vida de oração.
(vii) QUANDO ESCREVINHO, PROCURO PENSAR no que irei imprimir na alvura da face do papel. Leio, releio, reescrevo e, ao final, coloco-me a rir. Rio da bela porcaria que tenho diante de meus olhos.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.