Na manhã desta quarta-feira, 26 de junho de 2024, um homem de 34 anos, identificado como participante direto no ataque à base de valores de Guarapuava, foi preso em Betim, Minas Gerais, durante uma operação integrada das Polícias Civil e Militar do Paraná com a Polícia Militar de Minas Gerais. A ação, parte da Operação Guarapuava II, contou com a participação da Diretoria de Inteligência e do BOPE.
Detalhes da prisão e apreensão
O indivíduo foi encontrado portando R$ 13.156,00 em cédulas novas, diversos aparelhos telefônicos de última geração, e um veículo comprado há apenas dois dias, com pagamento de entrada em espécie no valor de R$ 60.000. Outros objetos de interesse para a investigação também foram apreendidos.
Histórico criminal
O detido, além de seu envolvimento no ataque em Guarapuava ocorrido em 17 de abril de 2022, que resultou na morte do Sargento Ricieri Chagas, também está vinculado a roubos em Itajubá, Minas Gerais, em 23 de junho de 2022, e mais recentemente, em 19 de junho de 2024, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. No último caso, o Sargento Fabiano Oliveira da Brigada Militar do Rio Grande do Sul foi fatalmente atingido.
Procedimentos legais
Após a prisão, o homem e os materiais apreendidos foram encaminhados à Polícia Federal de Belo Horizonte, onde foi cumprido o mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Guarapuava, Paraná.
Relembre os casos:
Assalto em Caxias do Sul: O roubo de um carro-forte ocorreu no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. O grupo criminoso, disfarçado com casacos da Polícia Federal, levou pelo menos R$ 15 milhões dos R$ 30 milhões que estavam no veículo. Durante a troca de tiros, um policial e um ladrão morreram. O Sargento Fabiano Oliveira, 47 anos, não resistiu aos ferimentos.
Caso em Guarapuava: Em abril de 2022, mais de 30 criminosos armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, Paraná. O ataque, que também visou o 16º Batalhão da Polícia Militar, resultou na morte do Sargento Ricieri Chagas. Os criminosos fugiram sem levar dinheiro. Em 2023, sete pessoas foram condenadas, somando 344 anos de prisão. Outras 13 pessoas ainda respondem judicialmente pela tentativa de assalto.
Cooperação entre agências
A prisão desta quarta-feira só foi possível graças à cooperação entre agências de inteligência das diversas instituições envolvidas, todas comprometidas com o combate ao crime organizado.