Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

O tema acima, há muito tempo tem lugar de destaque, espécie de xodó em nossa mente.

          Este ser tem origem: numa família paterna de 10 em que só 3 casaram e deixaram descendentes; materna de 11 todos com descendentes; a  mais próxima numa família de uma irmã e 5  irmãos; da esposa 7,  e a que constituiu de 2, e foi e é defensor do Neo-malthusianismo, que é uma doutrina com origem no Malthusianismo, do pastor e economista inglês Malthus, que em síntese se baseia como salutar e adequado pessoas terem número de filhos, de acordo com as suas condições econômicas, de idade e saúde.

            Quando na década de 1980, dávamos aulas de Educação Moral e Cívica, no hoje colégio Mórski de Pinhão, também fazíamos abordagens sobre o assunto. E um dos temas que muitas vezes fizemos falas nas nossas Escolas locais, principalmente Colégio Estadual Santo Antônio. Nessa linha, por alguns anos atuamos em curso de noivos na Paróquia do Divino Espírito Santo de Pinhão, em que falávamos sobre paternidade responsável, se revezando com o cidadão Francisco Dellê, em sintonia com o professor e bioquímico José Barbosa Neto, que falava sobre planejamento familiar.

           Nos anos de 1989-1992, quando estivemos Vereador pela primeira vez, tentamos elaborar um projeto e programa sobre planejamento familiar, inclusive inspirado numa luta de uma médica e Vereadora de Curitiba, Drª. Rosa Maria Chiamulera, que nos remeteu cópia do de lá, mas aqui não viabilizado.

           Em 1992, quando por decisão do líder político Darci Brolini, de saudosa memória, fomos e ainda que contrariado  colocado candidato a Prefeito na sua sucessão, no nosso bem planejado programa de governo para a época, entre outras bandeiras como: educação cidadã e para a vida como prioridade número um, regularização de loteamentos, boas estradas, mapa rodoviário, banda municipal, capela mortuária, racionalidade em gastos, transparência, posições claras,  ações em cima de princípios entre os quais os da legalidade, eficácia e eficiência, lá estava no programa –  PLANEJAMENTO FAMILIAR.

           E não deu outra, segmentos locais inclusive, religiosos, caíram de pau  e até tentaram nos colocar em saia justa, quando estivemos fazendo fala na Rádio Cultura de Guarapuava. E ocorreram distorções das mais variadas, como que queríamos implantar em Pinhão, CONTROLE DE NATALIDADE, mais ou menos na linha do que ocorria na China, que na época já tinha em torno de 1,2 bilhão de habitantes.

           Em 1998, quando Vereador pela segunda vez, e com alterações ocorridas na Constituição Federal, leis ordinárias e política do País, elaboramos projeto que resultou na Lei Municipal nº. 920/1998, de 22/04/1998, e que instituiu o programa de planejamento familiar “FILHO DESEJADO”, que passou a propiciar, apoio público a métodos contraceptivos  artificiais, inclusive, laqueaduras e vasectomias.

          No Jornal  a Voz do Pinhão, de 15-31/08/1990, e entre outras edições de  junho/2001, agosto/2006, julho/2017 e ed. 936 de 20/03/2020, feito enfoques sobre a matéria, e sempre na linha da paternidade e maternidade responsável, e que colocar filho  no mundo é fácil, difícil é colocar o mundo na vida de filhos, e lhe propiciar as condições de uma vida digna, ainda que simples.

         Avanços e melhorias ocorreram, mas ainda temos sérios problemas de procriações desenfreadas, maternidades e paternidades irresponsáveis. E nunca é demais repetir pregações, de que a gente tem que lembrar que é pobre, desempregado, sem teto, sem terra, sem ou pouca renda,  ou limitações do gênero, antes de gerar e colocar filho ou filhos no Mundo.

      Francisco Carlos Caldas, advogado,  ex-Vereador, municipalista e cidadão.      

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