A VI Feira de Inovação das Ciências e Engenharias – FICIENCIAS, acontece em Foz do Iguaçu de 7 a 10 de novembro, é um espaço para estudantes contribuirem com o conhecimento e a evolução no mundo das ciências, além de ser um local de integração e troca de experiências, aproximando estudantes e professores de Ensino Fundamental, Médio e Universitário do Brasil, Argentina e Paraguai. Podem participar estudantes dos estados do Paraná e Santa Catarina, Argentina e do Paraguai que estejam cursando o 8º ou 9º ano do Ensino Fundamental, o Ensino Médio ou Técnico ou a Educação de Jovens e Adultos em níveis equivalentes. A Feira de Ciências e Engenharia é promovida pela Itaipu, em parceria com duas universidades federais, duas internacionais, com o apoio do Ministério de Educação entre outros.
No Brasil, 1100 trabalhos foram inscritos e entre os 100 selecionados estão 3 dos alunos do Pinhão, um do Colégio Estadual Professor Mario Evaldo Morski e dois do Colégio Estadual Santo Antonio
PROFESSORA EVA KOMAR
A professora de Biologia, Eva Basílio Komar, aposentada da rede estadual, explicou que, em anos anteriores, o Colégio Estadual Procópio Ferreira Caldas já participou com até quatro projetos. Ela descobriu o Ficiencias quando realizou o PDE e levou a proposta para o Colegio Morski do projeto de Iniciação à Pesquisa e o professor Fernando Sviercoswski abraçou a causa.
“A pesquisa leva o aluno a buscar o conhecimento e a compreender que o conhecimento serve para que possamos resolver os problemas do dia a dia. Mostrar que todos somos responsáveis pelos problemas que a comunidade enfrenta, inclusive os alunos e que eles podem buscar e encontrar solução para alguns desses trabalhos”, apontou Eva.
COLÉGIO MORSKI
As alunas Valeria Dupki Macedo e Pâmela Veber do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Morski foram classificadas com a pesquisa que desenvolveu um ecoinseticida com ervas caseiras como manjericão, losna e camomila, e é destinado a hortas e pequenas lavouras. Elas contaram que decidiram por essa pesquisa por terem horta em casa, por terem lido muito sobre as intoxicações alimentares causadas pelos agrotóxicos e também por saberem que a natureza é rica. “Mesmo que não fôssemos classificadas teria valido a pena, porque adquirimos uma experiência rica, aprendemos que somos nós que temos que ir atrás do nosso objetivo. Mas reconhecemos que tudo que conseguimos é porque sempre tivemos todo o apoio aqui da escola”, avaliaram as alunas.
A professora Maristela K. Prudente, que atua na disciplina de Química foi a escolhida para junto com a professora Eva Komar, acompanhar o trabalho das alunas. “A proposta de trabalhar com iniciação cientifica foi muito válida, a gente foi observando o crescimento das alunas tanto em relação à pesquisa como em sala de aula. Visível o quanto ampliou o conhecimento delas em diversas áreas”, ressaltou a professora orientadora Maristela.
Colégio Santo Antonio
No Colégio Estadual Santo Antonio o trabalho de iniciação à pesquisa foi conduzido pelo professor de História, Jorge Nei Neves, dos três trabalhos desenvolvidos, dois foram classificados: Duelos de Resistência: a Desmarginalização do Rap a partir do contexto escolar, que foi desenvolvido pelos alunos Daniel de Oliveira e Luiz Maicon Ribeiro de Oliveira, e o outro foi Resíduos da Sobrevivência: Memórias e Identidades dos Catadores de Reciclagem em Pinhão, que foi trabalhado pelas alunas Kesia Maria de Souza Deolindo, Tábata Taiok Boraiko, todos alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio.
Nos Festivais de Talento do Colégio, os alunos apresentavam o Rap com letras que faziam a crítica à sociedade e ao sistema, sem serem pejorativos, a partir desse fato decidiram desenvolver um trabalho mostrando que o Rap é uma linguagem musical importante e buscando diminuir o preconceito que há contra ele. “Sempre que se fala em Rap, as pessoas lembram de bandidos, matadores, drogas, mas o rap é a fala, a voz dos que são oprimidos ele, surgiu com os escravos”, explicaram os alunos Daniel e Luiz Maicon.
O trabalho sobre os catadores de lixo de Pinhão é um desdobramento do trabalho que o professor realizou no mestrado. “Eu trabalhei no mestrado com a cooperativa de catadores de Campo Mourão e ai propus para elas trabalharem com os catadores de Pinhão e elas abraçaram a ideia”, disse o professor Jorge Nei.
As alunas contaram que foi muito bom ter participado do projeto de iniciação cientifica. “O projeto é uma experiência que nos possibilita uma grande aprendizagem de conhecimento, e no nosso caso, ainda a compreensão de como vivem esses catadores. Cria oportunidade de conviver com um grupo de pessoas que têm a vida bem diferente da nossa, nos possibilita conhecer outras pessoas e lugares, já que já estivemos em Campo Mourão e vamos a Foz do Iguaçu, é muito bom e recomendamos a todos os alunos que participem”.
Está disponível no YouTube um vídeo produzido pelos alunos sobre os trabalhos, o vídeo concorre ao Prêmio de Aclamação Popular com o maior número de curtidas e visualizações. Assista, curta, compartilhe e ajude os alunos do Pinhão a vencer essa disputa, https://youtu.be/jHvgcvjpHUA e https://www.youtube.com/watch?v=_QiixKb9kVc
FOZ DO IGUAÇU
Os professores sabem da importância e riqueza de conhecimentos que os alunos trarão ao participar da Ficiências, pois além de apresentarem seus trabalhos, vão participar de oficinas temáticas, vão conviver com estudantes de mais dois países, visitarão o Parque Tecnológico da Itaipu, contudo, estão enfrentando dificuldades para levar os alunos, já que não há bolsa para o evento. A Itaipu vai patrocinar a hospedagem, falta ainda organizar o transporte e alimentação dos alunos. Os colégios estão vendo junto ao Núcleo Regional de Educação a possibilidade do Estado bancar translado, mas ainda não tiveram resposta da solicitação. Quem desejar ajudar pode entrar em contato com as direções do colégio Morski e Santo Antonio.