Humberto Silva Pinho

Por Humberto Pinho da Silva

Escutei esta frase, de católica “ fervorosa”, referindo-se ao sacerdote da sua paróquia. Como lhe dissesse, que é dever do crente contribuir, consoante suas posses, para a manutenção do templo, replicou:

– “A Igreja é rica! Veja: o Vaticano e alguns santuários! …”

A mesma senhora, noutra ocasião, defendeu a tese do casamento de sacerdotes. Argumentou, que o padre, a exemplo do pastor, deveria – se o desejasse, – contrair matrimónio.

Não sou contra padres casados, até concordo, pois a esposa poderia auxiliá-lo, aconselhando os jovens, e na catequese de crianças; mas receio, que nem todas seriam dignas de serem mulher de sacerdote, e os filhos – com seu comportamento, – poderiam ainda causar escândalo.

Mas, o problema mais grave – a meu ver, – é que os paroquianos teriam de arcar com a despesa da família…A côngrua, quando há, suportaria o encargo?

Claro, em paróquias, em que todos ou quase todos, pagam o dízimo, seria viável. (Os que pregam o evangelho, devem viver dele) – ICor: 9,14

Quando passei férias no interior, frequentei a Igreja, onde o pároco, na prática insistia na obrigação de pagar, anualmente, a côngrua, para manter o templo – a casa de Deus, – com dignidade.

Conheci, nessa ocasião, o médico da povoação, que me contou não frequentar a paróquia, porque o padre andava, sempre a falar da côngrua. No seu parecer, a diocese deveria arcar com a manutenção…

Alguns problemas – penso eu, – resolver-se-iam com o diaconato.

Tenho amigo, que sempre me rebate, quando falo de diáconos. Diz-me que não é o mesma coisa, que padre.

Eu sei que não é; mas na ausência deste, é melhor do que nada.

Há décadas que defendo a vantagem da Igreja fomentar o diaconato.

Há reformados católicos, de elevado grau cultural e académico, que deveriam ser aproveitados. Os idosos poderiam – e bem, – servir a Igreja, gratuitamente, ou quase, já que possuem pensões, que lhes permitiriam sobreviver sem sobrecarregar o orçamento da paróquia.

Se o assunto fosse ventilado, nas homilias e imprensa católica, por certo, sugeriam candidatos – verdadeiros discípulos de Cristo, – para servir a Igreja.

Antigamente, falou-se muito na vantagem de existir: Bilhete de Identidade Católico, com os sacramentos recebidos, passado pela diocese, e anotado pelos párocos.

Seria prático e útil.

Queria ainda abordar, o problema de sacerdotisas, mas será matéria para outra crónica.

Acredito, que há muitas pretendentes, apenas por vaidade; mas mulheres, como a Irmã Teresa de Calcutá, ou a Irmã Faustina, seriam ótimas sacerdotisas.

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