Por Dartagnan da Silva Zanela

[1] Em matéria de educação, os exemplos são tudo. Eles falam muitíssimo mais alto do que qualquer metodologia pedagógica inovadora [de merda] que seja apresentada pelos doutos em educação que nunca educaram ninguém.

[2] Se as crianças tivessem, com frequência, diante de seus olhinhos, a imagem dos pais, familiares e professores, concentrados, lendo um livro e, por que não, enfurecidos quando alguém lhes tiram a atenção e concentração da leitura, os infantes, com toda certeza, iriam espontaneamente aprender a cultivar o gosto por esse trem. Mas, como a imagem reinante em nossa sociedade é dum bando de imbecis mergulhados nas mais variadas formas de bobeiras, muitas delas digitais e televisivas, bem, goste-se ou não disso, as crianças acabam aprendendo, e aprendendo bem rapidinho, o que é considerado importante por nós, pessoas adultas e responsáveis, em nosso meio social. Pois é, se levássemos mais a sério o poder dos exemplos silentes, muitíssimos dos problemas que permeia e fustigam a educação brasileira seriam resolvidos em dois toques e sem custos adicionais. Mas, como ninguém, praticamente ninguém, encara isso com a necessária seriedade, que siga o enterro.

[3] Ao ir para a Santa Missa, procuremos, na medida de nossas limitações, conformar nosso mísero coração ao coração de Nosso Senhor Jesus Cristo; jamais queiramos, jamais, na medida de nossa soberba e vaidade, mutilar o coração eucarístico do Verbo divino encarnado, que é o núcleo da Santa Missa, reduzindo-o a pequenez de nossa alma.

[4] Entendamos uma coisa simples, bem simples: as crianças aprendem a amar e a valorizar tudo aquilo que nós, de maneira silente e sincera, amamos e valorizamos. E é por isso mesmo que a educação em nosso triste país é uma merda. Os pequenos sacam, bem rapidinho, que todos aqueles que falam em nome [e em defesa] da educação, de fato, não a amam, nem a valorizam. Aliás, qualquer criança aprende a amar e a valorizar bem rapidinho tudo aquilo que não presta, tudo aquilo que nós, de coração, amamos e valoramos, mas que não ousamos confessar isso publicamente.

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