Em março, a TV Fatos entrevistou algumas mães e a presidente da APAAP (Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Pinhão), Nathieli Oliveira de Lima, porque as aulas já haviam iniciado há mais de 30 dias, e as crianças que têm o transtorno do espectro autista (TEA) e outras que necessitam de PAEEs (professores de atendimento educacional especializado) e as crianças surdas que necessitavam de professores intérpretes estavam sem esses profissionais, que são essenciais para garantir a aprendizagem das crianças.

Convite

A presidente da APAAP, Nathieli, a Nathy, está convidando a comunidade, principalmente os pais das crianças autistas e os professores do município de Pinhão que atuam com essas crianças, para comparecerem na sessão do legislativo municipal de Pinhão/PR, na segunda-feira, 27/05. “Nós da Associação solicitamos o uso da tribuna para expor aos vereadores todos os obstáculos, dificuldades e entraves que temos encontrado junto à secretaria municipal de Educação e Cultura, para a garantia dos direitos dos nossos filhos.”

Maio: continuam sem professores

Como já se está quase no final do primeiro semestre do ano letivo, muitas crianças autistas estão ainda sem os professores especializados para acompanhá-las nas escolas municipais de Pinhão. Além disso, a professora que está atuando como intérprete de Libras não tem a formação devida para a função que está exercendo. A APAAP solicitou o uso da tribuna na sessão da Câmara de Vereadores, na segunda-feira, 27 de maio.

Contratação lenta

A presidente da APAAP repassou à reportagem do Fatos do Iguaçu que, após a realização de um PSS, mais de 30 dias depois do início das aulas, a contratação desses profissionais tem ocorrido de forma muito vagarosa. “Tem escolas, por exemplo, onde três crianças precisam de professor de apoio e estudam em salas diferentes, e eles mandaram somente um professor de apoio para atender as três crianças”, destacou Nathy.

Cumpra-se a Lei

A Associação pede que a atual administração cumpra o que está colocado na Lei Municipal 2.254/2023, que garante a cada aluno com laudos o direito ao professor especializado. Outro problema que os pais têm encontrado é a consulta com neuropediatra: “O município está com uma lista de espera gigante para esse profissional e não tem nenhum atendendo via SUS.” Segundo a Lei 2.254/23, no seu artigo 2º, 4º parágrafo, na falta de neuropediatra na rede pública, o município é responsável por providenciar a consulta na rede privada.

Sem previsão de capacitação

A mesma lei determina que sejam criados momentos de capacitação para os servidores públicos municipais. Apesar de os pais terem pedido um cronograma dessa capacitação, nada foi apresentado pelas duas secretarias responsáveis, a da Educação e a da Saúde. “A única formação que teve até agora na secretaria de Educação foi organizada, realizada e paga pela APAAP”, contou a presidente. Nathy explicou que, como eles têm encontrado mais dificuldades junto à administração pública municipal para garantir os direitos dos seus filhos, decidiram expor a situação ao legislativo, com a esperança de receberem apoio e a intervenção dos vereadores em todas essas questões tão importantes para o desenvolvimento das crianças.

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