Francisco Carlos Caldas

Este ser tem origem no meio bucólico e  apesar de ser o caçula, o nenê da casa como diziam foi criado e educado, no sistema rudimentar, infância de pés no chão, simples, sobre o crivo do respeito, da disciplina, austeridade, e  principalmente na adolescência com muitas privações, restrições, limitações, sacrifícios, frustrações.

Teve pai muito respeitado por medo, uso corretivos de reio, e este lembra de um laçasso que levou e que ficou dias com um vergão na perna, mas apesar dessa linha educativa, a gente o tem  como um ótimo pai, referência em muitas coisas, e orgulho de origem e legado.  Mãe uma pessoa fora de série como se diz. Um encanto de pessoa, carismática e que criou 6 filhos, 5 homens e que eu saiba sem qualquer puxão de orelha, beliscão, tapa ou surra, e este ser, apesar dela já falecida em 20/01/2000, é quem até os dias de hoje manda em nossa pessoa e mandará até nossa morte.

Este pensante e escriba tem um arquivo de TEXTOS INTERESSANTES, e entre eles uma crônica “MÃES MÁS”, de autoria de um médico psiquiatra de nome Carlos Hecktheuer, publicado no Jornal Gazeta do Povo de 10/09/2005.

O texto é tão impactante que recorte foi colocado em um quadro e parede da sala de reuniões do nosso escritório.

Em síntese a mãe da crônica, entre outas coisas, foi uma chata; questionava e queria conhecer a companhia dos filhos, fazia os mesmos corrigirem erros feitos; policiava a alimentação dos filhos e os fazia comer arroz, feijão, legumes e frutas;  obrigava-os comer à mesa; queria sempre saber onde estavam, ela violava a hoje leis do trabalho infantil; insistia que lhes dissessem a verdade.

Saindo do campo familiar, e indo para o comunitário, social e patriótico, salutar também aliar na reflexão ao contido nos Mandamentos Cívicos de Coelho Neto (1864-1934), e Decálogo de Abraham Lincoln (1809-1865), que também temos em quadros e parede do nosso escritório, que com o texto da crônica “Mães Más”, formam um impactante tripé.

Trazendo isso tudo para o contexto de cada um, vão surgir pais e brasileiros: heróis,  bons, maus, médios, péssimos, chatos, liberais, radicais, polêmicos, e por aí a fora.

Para encerrar esta reflexão, transcrevemos abaixo os dois últimos parágrafos da crônica do Dr. Carlos Hecktheuer:

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela!”.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista CIDADÃO; ex-professor de Educação Moral e Cívica-EMC).

 PARA LER OUTROS ARTIGOS – CLIQUE AQUI

Compartilhe

Veja mais