Francisco Carlos Caldas

Meio que todo mundo, tem histórias de “quases” de acontecimentos em suas vidas. Uns de coisas boas outras e muitas de coisas ruins.

            A minha filha que nos últimos tempos anda pela PR-170, de Pinhão a Guarapuava e vice-versa quase todos os dias úteis da semana,  já nos narrou de vários quase acidentes: motorista imprudente ou “barbeiro” entrando na pista; gente podando em lugar impróprio; motorista zagueando na pista, por embriaguez por mexida com rádio ou celular, fatos que levaram a ter que sair para acostamento, fazer desvios para outra pista e apuros do gênero. No último semestre, três ocorrências de quase acidentes, que poderiam até não ser fatais, mas de natureza grave e de grandes prejuízos.

Anos atrás nos desequilibramos de uma escada quando fazíamos a limpeza de uma caixa d’água que existia num andaime, e caímos em pé no meio de um monte vasos de flores, mas que obra do acaso, sorte ou providência divina, não nos machucamos. Caso fosse repetido a cena do acidente, é na nossa idiossincrasia 100% de possibilidades de torcer pé, joelho, quebrar tornozelo, perna, enfim, machucaduras e sérios transtornos, gastos e outros incômodos.

Também nos atrás numa viagem de retorno de Umuarama, tivemos segundo ou segundos do cochilo, e num momento de grande movimento, saímos para o acostamento e nada de mais grave aconteceu além do susto. Mas se tivesse saído para a esquerda da pista, provavelmente que teria causado e sofrido acidente.

            No dia 10/03/2021, este quando se deslocava de moto da Câmara pela Avenida Hipólito Ayres de Arruda, para a residência, quase que bateu no ciclista de idade, que andava em ziguezague pela pista. Caso não tivesse devagar e avistado o ciclista a uma certa distância andando não em linha reta e de forma estranha, teria ocorrido um acidente, que provavelmente machucaria o motociclista e ciclista.

Também no dia 10/03/2021, tomamos conhecimento do ocorrido com um caminhoneiro que faltou freio na descida e curva do Rio Quadrado, com caminhão carregado de soja, e que segurou um pouco com o que restou do freio e para fazer a curva e não tombar acabou usando parte da pista contrária, mas se tivesse ocorrido um encontro de veículos na curva, acidente teria ocorrido. E ali já ocorreram vários acidentes, inclusive com lesões graves e mortes.

            As vezes as coisas são questões de segundos, tanto para acontecerem quando para não acontecerem.

            O importante disso tudo, são as lições que esses “quases” podem nos propiciar. Aumentar nossos MECANISMOS DE DEFESA, atos de direção defensiva, redobrar cuidados e prevenções, de forma até maior no trânsito, mas na vida doméstica e trabalho perigos também se fazem presentes, inclusive de incêndios.

Nessa reflexão dos “quase” não vamos por Deus e  providência divina no meio, porque daí a questão fica complexa, delicada, polêmica,  e que envolve “mistérios”, pois as vezes num acidente que morrem por exemplo 50 pessoas, já ouvimos alguém que se salvou dizer que tal ocorreu pela graça de Deus, que não defendeu socorreu os outros 50, e aí, entramos num campo minado, de fé demais ou fé de menos, “mistérios”,  e como quase ignorante na área, é melhor ficar só no entendimento de que Deus é infinita bondade, nos dá LIBERDADE, livre arbítrio, e o que fazemos e outros fazem disso (consequências ) são outras histórias que deixamos para experts, padres, pastores  e os mais sábios contarem.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista, cidadão) 

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