Por Valter Israel da Silva e Claudemir Gulak
Aqui nesta coluna já trouxemos elementos sobre a legislação ambiental, demonstrando que não é por falta de legislação que vivemos uma crise ambiental. Já demonstramos que há um ambiente internacional de governança para as questões do clima, as Conferencias das Partes. Demonstramos que existem inúmeras iniciativas que nos enchem de esperanças, mas a nível global, não há definições políticas capazes de dar respostas para as questões climáticas com a potência e a urgência que o planeta necessita.
Um grupo de cientistas, liderados pelo Centro de Resiliência de Estocolmo elaborou um estudo sobre o risco que corremos de desestabilizar o planeta. Chegaram a conclusão de que existem nove processos que mantém, a terra em estado de equilíbrio e de resiliência de que o planeta precisa. Definiram uma série de medidas específicas que definem uma zona segura e uma zona de risco para cada um destes processos, os chamados limites planetários.
Os nove limites do planeta devem ser analisados em conjunto, pois um influencia no outro. Dos nove, já ultrapassamos quatro.
Os nove limites são os que seguem:
- Mudanças climáticas;
- Perda de biodiversidade e extinção de espécies (integridade da biosfera);
- Mudança no uso do solo ( transformação de áreas de florestas em agricultura ou pecuária);
- Mudanças nos fluxos de nutrientes (fluxos bioquímicos);
- Destruição de ozônio na estratosfera;
- Uso da água doce;
- Acidificação do oceano;
- Contaminação da atmosfera com aerossol;
- Incorporação de novas entidades (elementos ou organismos modificados por humanos ou substancias totalmente novas);
Sabemos que temos um problema e sabemos o que fazer para resolver este problema. A questão é agir.
Nos próximos artigos trataremos de cada um destes limites.
Com base em matéria da BBC News Brasil.
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