Rev. Sandro

Esta semana um episódio foi uma das notícias mais comentadas, a atitude prepotente e mesquinha de certo desembargador, ao se achar melhor ou acima dos guardas municipais que estavam cumprindo seu papel. Não aceitou a exortação e a multa, tratou com deboche a abordagem. Esse episódio me levou a refletir sobre a minha vida num primeiro momento. O título de pastor ou reverendo, me faz melhor do que os outros? O fato de escrever uma crônica para o Jornal Fatos me faz melhor? Ter quase 3000 amigos no “face”, me torna melhor? Ter muitos acessos nas reflexões online me faz estar numa posição mais privilegiada? ,

Na verdade, não. Agora vamos pensar juntos com respeito a outras coisas. Usar uma roupa de grife não torna você melhor do que os outros (não estou falando que você não pode usar uma roupa “de marca”). A sua posição na sociedade, no seu trabalho, a sua formação, os seus bens, não tornam você melhor do que os outros. Talvez isso seja óbvio para você, mas, na real, devemos vigiar nesta área, para não cairmos nesta armadilha, de nos aproximarmos de fulano devido a sua posição, ou ainda, nos acharmos superiores só porque temos isso ou aquilo, ou pelo cargo, profissão que exercemos.

Fico pensando no Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, Jesus Cristo, mesmo sendo Deus lavou os pés dos discípulos, mesmo sendo Deus, andou com todo tipo de gente, levando esperança a um povo sem esperança. Jesus é nosso exemplo maior a seguir, em tudo que fazemos, inclusive no tratamento de uns para com os outros. É deprimente quando alguém usa o “você sabe com quem está falando?” para mostrar, que é superior (isso demonstra o quão pequeno é, e digno de pena). Devemos tomar cuidado com a soberba, ela é sutil, nos engana, e como a Bíblia diz “O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça” (Provérbios 16.18). A soberba é uma grande inimiga de nosso coração, ela pode derrubar.

O tal desembargador aprendeu da pior forma a lição (espero que tenha aprendido), e nós, somos humildes o suficiente para reconhecermos que o que nos faz melhor, é admitir que precisamos melhorar como pessoas, precisamos melhorar como pais, filhos cônjuges, cidadãos e tudo mais. Na verdade, o que me torna melhor é reconhecer o quanto preciso melhorar. Que Deus nos livre da soberba, do orgulho. Que Deus nos ajude a andarmos humildemente, isso nos faz grandes.

Deus abençoe a todos e pode me chamar de Sandro mesmo.

Igreja Presbiteriana de Pinhão

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