Um município é construído a partir dos sonhos de seus moradores, sejam eles nascidos aqui ou vindos de outros lugares. Adotando esta terra como sua, compartilhando sua vida e costumes com os demais cidadãos, cada um contribui com a história desse pedaço de chão, deixando aqui suas marcas, anseios e, é claro, desejos para o futuro.

        Nas escolas do município, todos os dias, milhares de pequenos sonhadores pensam sobre seu futuro, preocupando-se, é claro, mais com o seu presente. Já os pais ou responsáveis, os adultos que todo dia levantam cedo, batalham para que tudo esteja bem com suas famílias, vivem o presente sonhando com um Pinhão melhor para seus filhos e entes queridos.

        O professor Zaqueu e a turma do 5º Ano A da Escola Municipal do Campo Professor Cipriano de Paula Santos, em Faxinal do Céu, levou a cabo a missão de captar a ideia do Pinhão que queremos, percebido nas preocupações das diversas pessoas que desenvolvem suas atividades em nossa comunidade. Entrevistando as pessoas com uma simples pergunta, os alunos possibilitaram esta bela oportunidade: pensar as soluções para problemas que hoje angustiam nosso dia-a-dia.

        Foram ouvidos moradores de diversas localidades, ampliando, assim, a visão acerca das problemáticas que envolvem nosso lugar. Ficou muito claro que há problemas comuns, como a educação e a oferta de empregos. Pessoas formadas e empregadas possuem excelentes expectativas e sonhos. Precisamos, então, de condições adequadas para que esses objetivos sejam alcançados, como a implantação de novas indústrias e outras fontes de geração de emprego. Depender apenas da agricultura, comércio e poder público já não basta.

Natã Abraão Nascimento, Secretário Escolar, morador da comunidade de Santa Terezinha,diz que o Pinhão que deseja “Deve priorizar a educação, pois precisamos de escolas públicas melhores equipadas, assim como uma universidade para o município. Além disso, faz-se necessária maior oferta e oportunidade de empregos para a população.”  

Joniston Silva Aragão, Operador da Usina de Foz do Areia, morador de Faxinal do Céu, percebe “O Pinhão precisa empregar melhor os royalties das usinas, para atrair empresas e novas tecnologias, com vistas à geração de empregos e a segurança da nossa população.”

        Por outro lado, o deslocamento, principalmente no interior, é a preocupação mais recorrente. As estradas sem pavimento dificultam enormemente as idas e vindas diárias da população, por todo este imenso território. São pedras e buracos que precisam ser superados para que os sonhos se realizem.

Maria Marcelina Storl, Agente I, moradora da comunidade de Nova Divinéia, sonha com “Um Pinhão com boas estradas para os colonos, um hospital melhor, uma educação de qualidade e melhor assistência da prefeitura aos pequenos agricultores.”

Joelma da Silva, professora de Educação Física, moradora do bairro São José, deseja “Um Pinhão com mais empregos, melhor saúde e que a cidade seja mais organizada, com mais lazer para sua população.”

Zoraide do Nascimento Estegue, merendeira, moradora da localidade de Lageado Feio I, acredita que necessitamos de “Um Pinhão com menos violência, mais educação e muitas coisas boas para os jovens e as crianças.”

Ouvindo representantes da população, ouve-se a voz do povo. A voz do povo é a voz de Deus. O povo é esperançoso. Em época de Natal, nada mais justo que sonharmos com uma árvore maravilhosa, com presentes para todos: educação, saúde, emprego, lazer, boas estradas e paz. Este último, um bem imaterial tão necessário aos nossos corações. Osvaldo Verbaneck, professor, morador da localidade de Santa Maria, deseja “Um Pinhão em que todos tenham emprego, sejam felizes e tenham paz no coração.”Essa mesma paz precisamos ter ao andar pelo nosso rincão, sem a preocupação de ser atacado a qualquer momento por algum mal-intencionado.

        Todos desejamos um Pinhão melhor. Que a cada aniversário, seja melhor, mais cuidado, mais organizado, mais “crescido”, como dizem nossos pais. Esse é o Pinhão que queremos como presente, para que, no futuro, possamos olhar nossa história e ficarmos orgulhosos dela, assim como espera Cristiane Sulamar Tschá, professora, moradora de Faxinal do Céu: “Um Pinhão onde haja pessoas preocupadas em cumprir seus deveres e auxiliem no crescimento social, cultural e econômico deste lugar abençoado que nos acolhe.”    

        E os pequenos, o que desejam? Que Pinhão querem?

        A turma do 5º Ano, ainda na idade de 10 anos, espera “um município onde os ladrões vão para a cadeia, que não haja violência doméstica, que as promessas dos políticos sejam cumpridas, que haja hospital com atendimento adequado e as escolas sejam melhor mantidas.”  Os desejos dos pequenos são muito parecidos com os dos adultos. Daqui a 10 ou 15 anos, esperamos que as condições gerais do município sejam aquelas que hoje desejam.

Bom futuro para nosso Município. Bom futuro para todos nós!

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