Por Valter Israel da Silva e Claudemir Gulak
Em 2015, na COP 21, realizada em París, as principais lideranças do mundo firmaram um acordo para a redução das emissões de gases do efeito estufa, limitando o aumento médio da temperatura em 2° C em comparação a períodos pré industriais. Para atingir este objetivo os países devem desenvolver ações como: aumentar o uso de fontes alternativas de energia, aumentar a participação de bioenergias na matriz energética, utilizar tecnologias limpas nas indústrias, melhorar a infraestrutura de transportes, reduzir desmatamento, entre outros.
Neste inicio de novembro de 2021, ocorre a COP 26 em Glaslow na Suécia, com o objetivo de revisar e monitorar como os países estão executando as ações para o cumprimento das promessas do acordo de París.
O encontro acontece em no momento em que a Amazônia está liberando mais gases de efeito estufa do que absorve, isso por conta das queimadas. O chamado “pulmão do mundo” está com dificuldades respiratórias!
Em sua fala, no primeiro dia da COP 26, a ativista indígena brasileira Txai Suruí disse aquilo que muita gente já percebeu: “A terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo”. Esta fala corrobora com muitas das informações sobre catástrofes ambientais que vêem ocorrendo no mundo, mas ao que vemos, a maioria das lideranças mundiais está fugindo de compromissos mais sérios com cronograma de ação de acordo com a necessidade do planeta. O Ministro do Meio Ambiente do Brasil vem fazendo um discurso mais alinhado a questão ambiental do que o ministro anterior, mas não apresenta base concreta com plano de ação claro de como o país irá cumprir aquilo que está falando. Frases como: “iremos zerar o desmatamento ilegal até 2028”.
Mas, enquanto o ministro está fazendo um discurso com metas e objetivos de melhorias na questão ambiental, o presidente Jair Bolsonaro não foi para a COP, demonstrando pouco interesse pelo tema. Se verificarmos o histórico da relação do presidente com seus ministros, fica a percepção de que estamos ouvindo mais um discurso vazio e inconseqüente. Podemos lembrar aqui o ex Ministro da Saúde Eduardo Pazuello que cancelou compra de vacina e disse a célebre frase: “ele manda eu obedeço”.
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