Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Ouvia hoje, como de costume, após a leitura e meditação da liturgia do dia, a homilia do padre Paulo Ricardo na qual ele referia-se a memória de São João Bosco. Mais especificamente ao seu método educacional que, por sua deixa, era muitíssimo simples e, por isso mesmo, excepcional.

Padre Paulo lembra-nos que o método educacional do santo fundava-se em duas colunas: a confissão [direção espiritual] e a comunhão frequente [o mais frequente possível].

Ouvindo essas palavras, fiquei cá com meus alfarrábios, a indagar-me sobre o seguinte borogodó: existe, por um acaso, hoje no Brasil alguma instituição de ensino nominalmente católica que utilize-se desse método na formação dos mancebos? Será que em alguma paróquia tal método é utilizado na catequese para a primeira eucaristia [no caso, a coluna da confissão frequente] e para o Crisma [aí, nesse caso, as duas colunas]?

Aliás, quantos são os sacerdotes que, de fato, estão preparados e dispostos a ofertar aos fiéis a tal da direção espiritual?

Pois é, São João Bosco desejava através de seu método mostrar a todos os infantes o caminho da santidade; hoje, no máximo, o que se anseia ensinar a gurizada é que eles sejam bons-mocinhos e saibam portar-se com a devida dose de cidadanite para não escandalizar o mundo, mesmo que isso ofenda Nosso Senhor.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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