(i) Em nossa caminhada pela noite escura da alma devemos sempre nos lembrar que a luz que irá nos guiar para fora dela não está a nossa espera no raiar de um utópico dia incerto, ou no fim de um túnel ideológico qualquer, como insistem em crer as confusas almas politicamente corretas; ela, a luz, sempre estará radiante em nosso coração se os seus átrios e ventrículos estiverem inteiramente voltados para o grande farol da alma que é a Santa Cruz.
(ii) Nada é mais esquisito, pra não dizer outra coisa, que um sujeito imaginar, e acreditar, que tudo o que está acontecendo em nosso país e em nossa circunvizinhança seja da responsabilidade de todos, de cada um, menos da responsabilidade dele.
(iii) No Brasil se você é um monstro, um crápula, se você não vale um vintém furado, pode ter certeza de que terá todas as garantias, direitos e regalias, inclusive aqueles que ninguém, em sã consciência, seria capaz de imaginar. Agora, se você é um homem de bem, aqui nessa terra de Botocudos, sem saber, nem compreender, você será visto como um réu condenado justamente por aqueles que se apresentam como os porta-vozes dos tais direitos humanos que tem a bandidolatria como um dos seus dogmas pétreos para vilmente sustentar as suas espúrias e farsescas convicções.
(iv) Vida de policial, no Brasil, é mais ou menos assim: se ele der um tiro, se ele usar a sua arma no exercício da sua profissão, poderá ir pra cana porque a galera dos direitos dos manos vai histericamente se descabelar por causa disso. Agora, se no cumprimento do seu dever ele não atirar, vai para o cemitério e aí, a mesma galerinha histérica nada irá falar porque, no cínico entendimento dessa gente, tudo estará certo. Certíssimo. (v) Todo aquele que vê num meliante apenas uma alma mal compreendida, um desafortunado do sistema ou coisa do gênero, não compreende o quão perigosa, o quão cínica pode ser a mente dum criminoso, tenha ele colarinho branco ou não.
(vi) Infelizmente, os bons-moços que acreditam lutar contra os efeitos do mal, ignorando a sua presença no coração humano, acabam, sem querer querendo, fomentando-o ao invés de combatê-lo.
(*) Professor, caipira, cronista e bebedor de café.
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