Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i) A verdade está praticamente sempre sendo esfregada em nossas ventas, sempre mesmo. Porém, na maioria das vezes, nós estamos com os nossos olhos atentos demais, não para ela, mas sim, para nossas míseras opiniões o que, por sua deixa, nos impede de contemplarmos o seu esplendor.

(ii) Não suportamos, na maioria absoluta das vezes, olhar diretamente para a realidade, para a face lavada e escarrada da verdade. Por isso, preferimos nos auto-enganar olhando para o mundo por meio do filtro de nossas rasas opiniões. Sem a proteção desse torpe filtro nossa personalidade de papelão seria incendiada pelas labaredas da verdade.

(iii) Temos medo da verdade porque sabemos que ao ouvi-la e aceita-la teremos que, necessariamente, mudar de vida ou admitirmos que somos um tongo convicto de nossa tonguice.

(iv) O grande problema das conversações sobre a tônica política em que nos encontramos imerso é que a maioria absoluta das vezes as pessoas falam, e como falam, do que elas sentem a respeito do momento vivido e do que elas pensam sobre o mesmo e, mui raramente, se preocupam em sinceramente entender o que exatamente está acontecendo com o nosso triste país e, não o fazem, por uma razão simples: para tanto teriam que necessariamente abdicar da posse de comentador político, largar seus cacoetes e esquemas mentais ideologicamente pré-concebidos e começar a estudar um pouco o assunto com um mínimo de seriedade. Só por isso.

(v) O multiculturalismo é uma forma cinicamente sombria de erodir, de um modo geral, a cultura ocidental e, particularmente, de destruir o Cristianismo e todos os valores que dele emanam e que por ele são sustentados. (*)

Professor, cronista e bebedor de café.

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