Ouça a crônica:

A liberdade é um tesouro que deve ser conquistado por nós e, conquistando-a, devemos zelar por ela, pois a vilania, a tirania e seus asseclas, sempre estão espreitando sua morada, nossa alma, para usurpá-la.

Para sermos vigilantes e defendermos com unhas e dentes a nossa liberdade, é imprescindível que sejamos disciplinados.

Por mais esquisito que possa parecer aos moucos ouvidos modernosos, a disciplina é o fundamento da liberdade. Sem ela, a liberdade não é nada e, em alguns casos, menos que isso.

Quando não procuramos cingir o nosso passo pela régua da autodisciplina, devidamente edificada a partir de uma sólida base religiosa, tudo em nossa sociedade e, consequentemente, em nossa vida, começa a desandar, como bem nos lembra João Camilo de Oliveira Torres.

E é desse jeito porque, na inexistência do autogoverno da nossa vida, nós passamos a ser tiranizados pelos nossos desejos desordenados que, para a nossa infelicidade, sempre estão sendo instrumentalizados por terceiros para nos manipular.

Para que realizemos aquilo que eles querem e, ao mesmo tempo, creiamos que somos nós que estamos agindo por conta própria.

Dito de outro modo, ser livre não pode ser encarado como sinônimo da realização de tudo aquilo que nos der na ventana. Isso, na real, não passa de mero servilismo aos nossos caprichos.

Tornamo-nos livres quando nos tornamos responsáveis por nossa vida, quando assumimos nossa cota de responsabilidade perante a sociedade, frente aos nossos semelhantes e, principalmente, diante de Deus.

Ao fazermos isso, estamos abraçando a nossa vida com tudo aquilo que ela é e, obviamente, iremos sofrer com essa escolha e, por sofrer, nos tornamos protagonistas da nossa história.

E não nos esqueçamos: protagonista não é aquele que ocupa um lugarzinho de destaque no palco da vida, mas sim, aquele que luta, sofre e abraça o seu sofrimento, porque sabe que a vida não é uma passagem por um parque temático. A vida é um peregrinar por um vale de lágrimas.

Quando compreendemos isso, quando assumimos isso com responsabilidade, nos tornamos plenamente quem devemos ser e, consequentemente, livres.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

https://sites.google.com/view/zanela

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