Confesso que sinto-me desconfortável, até mesmo um pouco apreensivo, toda vez que vejo uma pessoa ignorando, ou mesmo fazendo pouco caso, das ameaças que são feitas pelos demagogos esquerdopatas onde eles, os demagogos, lamentam não ter realizado o que eles mesmo chamam de controle social da mídia que, em português bem claro, seria uma forma de censura pura e simples. Que eles, os demagogos do naipe de Lula e sua trupe, queiram fazer isso, sou franco em dizer, não esperava algo diferente da parte dessa gente, pois essa é a inclinação essencial da concepção política advinda da visão totalitária que esses indivíduos tem da realidade e da natureza humana.
Porém, todavia e, entretanto, vermos pessoas que não se locupletam com as úberes estatais, vermos cidadãos comuns que procuram ganhar a vida com o suor do seu rosto acharem que isso seria algo de pouca monta e que lhes pareceria justificável mediante os supostos fins propagados e defendidos por tais figuras canhestras é algo que dificilmente entra na minha moringa. Aliás, vale lembrar que toda vez que alguém justifica os meios em nome de algum fim é porque tem uma baita treta no meio. Até os meus cachorros sabem disso. Até eles.
Já as alminhas bem pensantes não veem nada de errado nisso. Por fim, parafraseando Étienne de La Boétie, sou franco em dizer que eu consigo entender que um punhado de demagogos cínicos queiram dominar toda uma nação por meio de mil e uma dissimulações e vis artimanhas políticas; o que eu não consigo entender é o que leva uma porção de pessoas a depositar sobre essas figuras uma fé cega e tacanha ao ponto deles não se acabrunharem nem um pouco em repetir os slogans de campanha do demagogo mor como se esses bordões ocos fossem a prova inconteste de seu beneplácito, ao mesmo tempo em que ignoram por completo a multiplicidade de males perpetrados por ele e sua trupe. Pois é. E depois o alienado sou eu.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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