Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Vivemos um momento de transição, e de natureza complexa, pois, o velho e ultrapassado ainda não morreu e o novo ainda não nasceu.  E se não tomarmos cuidado, transformarmos a nossa vida num COISÃO (bagunça).

Há facilidades em muitas coisas, mas há também muita burocracia que resiste a ação do tempo e evolução, e qualquer coisinha ou ação que você vai fazer, vira uma trabalheira e um papelório enorme, que felizmente em processos judiciais, documentos e processos foram digitalizados e de envio eletrônicos, pela internet, e sistema PROJUDI na Justiça Estadual.

A internet se bem usada é uma ferramenta de imensa valia. Quantas coisas se resolve por e-mails, WhatsApp, mas é uma faca de dois gumes, se a pessoa não  saber se controlar no uso,  e o trabalho ser tomado pelo ócio.

Nas atividades profissionais  tem que se ser eficaz, eficiente e efetivo, e se fazer mais com menos, e ser operacional, pragmático, objetivo e rápido, e se ter controle, valor  das coisas para não ficar explorado e se bobeando.

Regularização documental de imóveis, ainda que tenha surgido em nosso meio, usucapiões e inventários extrajudiciais,  o Provimento nº. 276/18, a transição de transcrições, do antigo para matrículas georreferenciadas e extinções de condomínios, ainda são torturantes,  e que exige muitos esforços.

Na política, o quadro é muito confuso. Fica difícil entender quem está do lado de quem, e  os que tem uma linha de ação, princípios, laços de companheirismo, lealdade, gratidão, ainda que um pouco de coerência e previsibilidade vira quase um ser jurássico. Mudar, renovar é preciso e em princípio salutar, mas há que se ter cuidados para que mudanças não sejam só de  araque, de enganação, para que a corrupção e vícios sistêmicos continuem do mesmo jeito ou pior, com roupagem de novo que não é garantia de melhoria. Nas falas e promessas, quase todos são maravilhosos.

Estruturas estão carcomidas e corrompidas. Vícios estão arraigados, e romper paradigmas não é para qualquer um. Os desafios são imensos. Mas é preciso que alguém faça enfrentamentos, e esse alguém é cada um de nós.

O tirar pessoas de enrascadas, zona de conforto, depressão, pobreza, miséria, e males do gênero não é tarefa fácil, mas não podemos esquecer que uma caminhada de léguas começa com  os primeiros passos, e sacrifícios.

A transição da vida terrena, para a morte ou vida eterna, continua ser algo muito angustiante quando um entre querido parte antes de nós. Mas é preciso otimismo,  e de que no fim tudo vai dar certo e é o jogo da vida.

(Francisco Carlos Caldas, advogado e cidadão municipalista).

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