Por Nara Coelho | Fotos: Naor Coelho/Fatos do Iguaçu
A Exposição que retrata memórias, costumes e religiosidade dos povos de faxinais em Pinhão aconteceu na quarta-feira, 28 de novembro, no Colégio Estadual do Campo Professor Izaltino Rodrigues Bastos, na localidade de Faxinal dos Ribeiros.
Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR
A exposição foi elaborada e coordenada pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, Universidade Federal do Paraná.É integrante de projeto homônimo premiado na 8ª edição do Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus, vencedor na categoria “Fomento a projetos de Educação e Museus”.
3ª etapa do projeto História dos Faxinais
A exposição é a terceira etapa do projeto, o objetivo da mostra é promover a memória dos povos tradicionais habitantes do Faxinal dos Ribeiros – onde se localiza o Colégio Izaltino e comunidades vizinhas. Ela apresentou objetos e imagens que circularam e circulam na vida cotidiana dos faxinalenses.
De acordo com a professora Liliana Porto, do Departamento de Antropologia da UFPR e chefe da unidade de Cultura e Saberes Populares do museu, são objetos que, guardados como preciosidades pelas famílias, mostram como seus antepassados viveram e os caminhos por eles percorridos para chegarem a Pinhão e ali se estabelecerem.
“Em cada um deles, uma história que narra o estilode vida construído e valorizado ao longo de gerações. E que é recontada naexposição pelas crianças e jovens estudantes do Colégio Izaltino” afirma aprofessora.
A EXPOSIÇÃO
Todos os objetos expostos foram trazidos ou descobertos pelos alunos, ela foi organizada pela museóloga Ana Luisa de Mello Nascimento.
A exposição contou com a presença de pais e pessoas da comunidade dos Ribeiros e também com a presença do vereador Alexandro Camargo, (PRP), do ex-vereador Francisco Carlos Caldas, (MDB), da secretária de Educação, Cida Chalegre e membros da sua equipe, do coordenador do Jardim Botânico do Faxinal do Céu, Murilo Bardal.
O prefeito Odir Gotardo(PT), ao falar destacou que era um privilégio poder estar ali participando da exposição, “Se não sabemos de onde viemos, não saberemos para onde ir, essa consciência de onde viemos é fundamental para nos orientarmos na nossa vida. Somos o resultado de tudo que vivemos na vida, inclusive tombos e dores. A nossa preocupação é que hoje a tecnologia está acabando com os momentos de conversa e transmissão de referencias entre os mais velhos e as gerações mais novas. Assim, esse momento é uma celebração de preservação à nossa historia. Como gestor temos a obrigação de pensar em algo que proporcione mais momentos como esse”. E encerrou parabenizando o museu pela iniciativa e a escola por ter abraçado a ideia.
Além dos objetos expostos havia banners com os textos dos alunos que contavam sobre a vida dos moradores dos faxinais. Liliana explicou que serão tiradas fotos dos objetos que também serão colocadas em banners e o conjunto todo formará a exposição itinerante “Histórias de Faxinais”.
A professora de História do Colégio Izaltino, Adriana Aparecida Padilha, que foi o elo entre a equipe da UFPR e os alunos, contou que no inicio os alunos estavam receosos de participar do projeto. “Os alunos no começo ficaram apreensivos, eles perguntavam por que essas pessoas queriam contar a historia deles, mas com a empatia que o grupo do museu foi criando com os alunos, eles foram se entregando ao projeto. E agora que eles estão vendo os resultados, estão radiantes. Eles foram percebendo que a historia deles é a historia de todos da comunidade e isso foi muito importante para eles”.
Adriana foi enfática ao afirmar que o projeto proporcionou um enriquecimento curricular, que foi muito além. “O enriquecimento foi curricular e cultural, os alunos passaram a conhecer e a se identificar com a cultura local. Além do conhecimento histórico houve a descoberta da identidade cultural e esse foi na verdade o grande enriquecimento para esses alunos”.
O PROJETO VAI ATÉ 2019
Em 2019 será entregue ao município um jogo da exposição itinerante “Histórias de Faxinais” e o outro jogo ficará para o MAE, que ainda no primeiro semestre de 2019 será exposta no museu em Paranaguá e depois poderá percorrer outros municípios do estado.
Também acontecerá o lançamento e entrega dos livros produzidos pelos alunos, que está marcada para o mês de março de 2019. Cada aluno do Izaltino receberá um exemplar e também serão doados para as escolas do município de Pinhão, totalizando 1.200 livros impressos.
O livro também será disponibilizado de forma virtual, pois assim se proporciona acesso a todos que queiram, garantindo sua difusão e eternidade.
FATOS DO IGUAÇU
Por reconhecer a importância do projeto desenvolvido pela UFPR junto ao Colégio Izaltino e para a própria história dos pinhãoenses, o Fatos do Iguaçu tem acompanhado passo-a-passo o desenvolvimento do projeto. No canal do youtube do Fatos pode-se assistir o vídeo da abertura da Exposição.
Fotos do evento:
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